A japonesa Nippon Steel planeja injetar US$ 14 bilhões nas operações da U.S. Steel (NYSE:X), incluindo até US$ 4 bilhões em uma nova usina, caso o governo dos EUA aprove a aquisição. A proposta é um esforço decisivo para destravar o negócio bloqueado anteriormente por razões de segurança nacional.

Desse montante, US$ 11 bilhões serão destinados à modernização da infraestrutura da U.S. Steel até 2028. O plano prevê ainda um investimento adicional de US$ 1 bilhão em uma nova unidade siderúrgica, com expansão posterior de até US$ 3 bilhões. Os valores superam em muito os US$ 1,4 bilhão inicialmente propostos.

A promessa de investimento ampliado busca conquistar apoio político e popular nos Estados Unidos. A fusão foi barrada por Joe Biden em janeiro, mas a nova administração de Donald Trump iniciou uma nova revisão de segurança nacional, cujo prazo termina nesta quarta-feira, dia 21.

O desfecho da revisão é aguardado com expectativa. Embora Trump tenha expressado ceticismo quanto ao acordo, fontes próximas à Casa Branca indicam que o aumento no aporte financeiro pode pesar a favor da aprovação. Se o negócio for negado, a Nippon enfrentará multa de US$ 565 milhões.

O acordo, avaliado em US$ 14,9 bilhões, enfrenta resistência de sindicatos, políticos e da concorrente Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF).

A U.S. Steel viu suas ações subirem 3,15% na segunda-feira com a proposta, enquanto as ações da Cleveland-Cliffs recuaram 3,29%. No entanto, os papéis ainda estão bem abaixo da oferta de US$ 55 por ação.

As ações da empresa continuaram subindo, operando em alta de 0,9% no pré-mercado de terça-feira (20), no momento da escrita.

A U.S. Steel também é negociada na B3 através da BDR (BOV:USSX34).