As ações da Novo Nordisk (NYSE:NVO) subiam 2,8% na manhã de quarta-feira (7), na última verificação, após a empresa afirmar que as vendas do Wegovy devem se recuperar no segundo semestre. A Novo Nordisk também é negociada na B3 através da BDR (BOV:N1VO34), que simultaneamente subiam 3,2%.

As vendas do Wegovy, medicamento para perda de peso, deve se recuperar com a remoção gradual das versões manipuladas do medicamento nos EUA. A decisão da FDA deve encerrar a produção dessas alternativas até 22 de maio.

Apesar de prever melhora na demanda, a farmacêutica dinamarquesa revisou para baixo sua previsão de crescimento de vendas para 2025, agora entre 13% e 21%, ante os 16% a 24% anteriores.

A redução foi atribuída à forte penetração de compostos manipulados de semaglutida, que impactaram negativamente sua fatia de mercado no início do ano.


Resultados do 1T25

No primeiro trimestre, a Novo reportou lucro líquido de 29,03 bilhões de coroas dinamarquesas (US$ 4,4 bilhões), acima das expectativas de 27,8 bilhões.

O Ebit operacional somou 38,79 bilhões de coroas, superando os 37,2 bilhões esperados.

As vendas cresceram 18%, atingindo 78,09 bilhões de coroas.

As vendas do Wegovy avançaram 83% em relação ao ano anterior, chegando a 17,36 bilhões de coroas, mas ficaram abaixo da estimativa de 18,6 bilhões.

O Ozempic, voltado ao tratamento de diabetes, gerou 32,7 bilhões de coroas em vendas, superando as previsões.

No trimestre, a Novo fortaleceu sua presença direta no mercado dos EUA com a criação de uma farmácia online e parcerias com plataformas de telemedicina como Hims & Hers, Ro e LifeMD. Saiba mais

Também selou um acordo com a CVS, garantindo exclusividade no fornecimento do Wegovy aos beneficiários da Caremark.

O CEO Lars Fruergaard Jørgensen afirmou que cerca de um terço do mercado americano de medicamentos para obesidade foi absorvido por compostos manipulados, o que freou o desempenho da empresa.

Com a retomada do controle, a expectativa é de recuperação das receitas a partir de junho. A Novo também planeja acelerar o lançamento do Wegovy em mais países.

A farmacêutica também solicitou aprovação regulatória nos EUA para uma versão oral da semaglutida e planeja submeter o novo medicamento CagriSema à aprovação em 2026, apesar de resultados clínicos recentes abaixo das expectativas.

No cenário competitivo, a Eli Lilly (NYSE:LLY) (BOV:LILY34) vem ganhado espaço com o Zepbound, que já lidera em prescrições nos EUA.