A Petrobras reduzirá seu preço médio de venda de diesel para as distribuidoras em 4,7%, para R$ 3,27 por litro, a partir de terça-feira, informou a companhia.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta segunda-feira (05).

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A redução de R$ 0,16 por litro — o terceiro corte do combustível fóssil desde o início de abril — ocorreu na esteira de um mergulho dos preços do petróleo Brent no último mês, com uma escalada da guerra tarifária entre Estados Unidos e China e notícias sobre o aumento da oferta global.

Os preços do petróleo Brent eram negociados abaixo de US$ 60 por barril no início da tarde desta segunda-feira, cerca de US$ 15 abaixo do valor registrado no fim de março.

No fim de semana, o grupo conhecido por Opep+, que reúne a Organização dos Exportadores de Petróleo e aliados como Rússia, decidiu acelerar ainda mais aumentos da produção, estimulando preocupações sobre a entrada de mais oferta em um mercado obscurecido por uma perspectiva de demanda incerta.

O repasse da redução do preço do diesel da Petrobras aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de questões como margem de distribuição e revenda, impostos e mistura de biodiesel.

VISÃO DO MERCADO

A redução no preços do diesel nas refinarias da Petrobras indica uma trajetória de convergência entre os preços domésticos e internacionais, avalia o Goldman Sachs. O diesel vendido pela Petrobras segue cerca de um dígito acima da referência internacional, enquanto os preços da gasolina estão 10% mais altos do que no exterior, dizem os analistas do banco.

O “crack spread” da Petrobras, ou seja, a diferença entre o preço do petróleo bruto e o produto refinado, continua em um patamar saudável tanto para o diesel quanto para a gasolina. “Continuamos vendo a Petrobras praticando preços locais acima das referências internacionais, o que, em nossa visão, ainda deixa espaço para algumas reduções adicionais de preços.

No entanto, acreditamos que a Petrobras continuará com uma abordagem mais conservadora em sua política de preços e, portanto, irá convergir gradualmente em direção à referência internacional”, comenta o Goldman. O banco tem recomendação de compra para as ações.

Informações Reuters