A plataforma de mensagens Telegram está levantando US$ 1,5 bilhão por meio da emissão de novos títulos, com apoio de gigantes como BlackRock, Citadel e Mubadala. Os papéis terão vencimento em cinco anos e rendimento de 9%.
Parte da arrecadação será destinada à recompra de dívidas anteriores, emitidas em 2021. O sucesso da captação demonstra a confiança dos investidores, mesmo diante de incertezas jurídicas envolvendo o CEO Pavel Durov.
Durov foi acusado de múltiplos crimes pela Justiça francesa e impedido de deixar o país, e o processo judicial pode atrasar planos de IPO do Telegram e comprometer a governança da empresa.
Paralelamente à emissão dos títulos, o Telegram fechou uma parceria com a xAI, empresa de Elon Musk, para integrar o chatbot Grok à plataforma. O acordo prevê um aporte de US$ 300 milhões em dinheiro e ações, além da divisão de 50% da receita gerada por assinaturas do Grok dentro do app.
A monetização da IA é a primeira grande ofensiva comercial do Telegram, que já conta com mais de 1 bilhão de usuários ativos mensais e 15 milhões de assinantes pagos. A plataforma reportou lucro de US$ 540 milhões em 2024, revertendo prejuízos anteriores, e projeta US$ 700 milhões em 2025.
A parceria com a xAI garante exclusividade ao Grok no Telegram por um ano. Durov garantiu que os dados dos usuários não serão usados no treinamento do modelo. O anúncio impulsionou o token Toncoin, que saltou mais de 16% após a revelação da aliança.
A Fundação TON, que supervisiona a blockchain associada ao Telegram, contratou o ex-Visa Nikola Plecas como VP de pagamentos, enquanto investidores como Sequoia e Benchmark apostam em ativos da TON.