A Vodafone (NASDAQ:VOD) reportou um prejuízo operacional de € 411 milhões (US$ 462,7 milhões) no ano fiscal encerrado em março de 2025, revertendo o lucro de € 3,7 bilhões registrado no período anterior. A principal causa foi uma baixa contábil de € 4,5 bilhões relacionada a operações na Alemanha e na Romênia.

Apesar do prejuízo, a receita anual cresceu 2,0%, alcançando € 37,4 bilhões, abaixo das expectativas do mercado de € 38,1 bilhões. A receita de serviços subiu 5,1% organicamente, impulsionada por mercados em crescimento como África, Turquia e partes da Europa.

O EBITDAaL ajustado teve alta de 2,5% e totalizou € 10,9 bilhões. A companhia projeta que esse indicador suba para até € 11,3 bilhões em 2026. O fluxo de caixa livre caiu levemente para € 2,5 bilhões, mas a dívida líquida foi reduzida em € 10,8 bilhões após vendas de ativos na Itália e na Espanha.


A CEO Margherita Della Valle reconheceu a fraqueza contínua da operação na Alemanha, seu principal mercado. A empresa perdeu mais de 100 mil clientes de banda larga após mudanças regulatórias e enfrentou queda de 13% no lucro operacional local. A expectativa é de estabilização a partir do segundo semestre fiscal.

Como parte da reestruturação, a Vodafone anunciou dividendos reduzidos de € 0,045 por ação para 2025 e iniciou um novo programa de recompra de ações de € 2 bilhões, com € 500 milhões já em execução.

Para fortalecer a presença no Reino Unido, a empresa obteve aprovação para fusão com a Three. O acordo prevê € 700 milhões em sinergias até o quinto ano e € 1,5 bilhão em investimentos neste exercício. A projeção para 2026 considera incertezas macroeconômicas, mas mantém o foco em crescimento sustentável e eficiência operacional.