O Bitcoin (COIN:BTCUSD) permanece praticamente estável em US$ 107.250 nesta sexta-feira (27), dia de divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos voltados à inflação que reacenderam preocupações sobre a política de juros do Federal Reserve.

A criptomoeda segue consolidada na faixa entre US$ 102.000 e US$ 108.000, em meio à crescente aversão ao risco nos mercados.

O índice de preços PCE, métrica de inflação preferida do Fed, subiu 0,2% em maio na base mensal, enquanto a taxa anual atingiu 2,7%, acima dos 2,6% esperados. O resultado frustrou expectativas de alívio na inflação e pode limitar as chances de um corte nos juros em julho.

Ao mesmo tempo, os gastos pessoais sugeriram uma desaceleração na demanda do consumidor, pilar da atividade econômica americana, com os números caindo 0,1% em maio, contrariando previsões de alta, enquanto a renda pessoal teve queda de 0,4%, frente à expectativa de crescimento de 0,3%.

A combinação de inflação resistente e enfraquecimento do consumo alimenta temores de estagflação, um cenário de crescimento estagnado com alta de preços, reduzindo o espaço de manobra para o Fed e mantendo o impasse sobre a próxima decisão de política monetária.

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, apenas cerca de 20% dos investidores apostam em um corte na taxa de juros na reunião de 30 de julho. A maioria espera que a taxa básica permaneça entre 4,25% e 4,50% pela quinta vez consecutiva.


Enquanto isso, o ouro recua 2% nesta sexta e já acumula queda de 7% em relação à sua máxima histórica, e o índice Nasdaq 100 renovou suas máximas históricas, impulsionado por ações de tecnologia.

O Bitcoin segue sustentado pelo interesse por proteção fora do sistema tradicional e pelo interesse como ativo de reserva corporativa. Investidores de longo prazo permanecem otimistas, mesmo com os preços sob pressão no curto prazo devido à incerteza sobre inflação, juros e crescimento global.

Segundo Guilherme Prado, country manager da Bitget, “o mercado segue atento à possível substituição do presidente do Federal Reserve por Donald Trump, o que gera incertezas sobre a política monetária dos EUA e favorece ativos alternativos como o Bitcoin”.

No aspecto técnico, Prado destaca que o Bitcoin está consolidado próximo à zona de oferta, com viés levemente otimista. “Para retomar a alta, é necessário romper com volume a resistência de US$ 108.200, podendo buscar US$ 111.000 se o momentum se fortalecer. Se perder o suporte de US$ 107.000, pode recuar até US$ 105.500–104.800.”

Ele observa ainda que o RSI permanece em zona neutra, sem sobrecompra, mas com sinais de enfraquecimento do impulso, exigindo cautela para movimentos bruscos. O mapa de liquidez aponta forte concentração de ordens entre US$ 108.000 e US$ 110.000, faixa que pode gerar volatilidade ou rejeição.

Outro fator que deve aumentar a volatilidade nesta sexta-feira é o vencimento de opções de Bitcoin, que intensifica a disputa entre compradores e vendedores.

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