(27/06/2025):  A dívida pública federal (DPF) cresceu 0,71% e ficou em R$ 7,67 trilhões em maio, após ter ficado em R$ 7,62 trilhões em abril. Os dados fazem parte do relatório mensal da dívida pública federal (RMD) publicado nesta sexta-feira (27/6) pelo Tesouro Nacional.

Com esses dados, o estoque da dívida pública federal encerrou o mês de maio fora dos limites previstos no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025, com variação de R$ 8,1 trilhões a R$ 8,5 trilhões no ano.

A reserva de liquidez (o chamado “colchão”) da dívida pública — recursos presentes na Conta Única do Tesouro Nacional (CTU), no Banco Central (BC), para pagar a DPF — apresentou queda em maio em comparação a abril.

O colchão retraiu 4,77% em maio, passando de R$ 904,41 bilhões para R$ 861,30 bilhões. Atualmente, o valor em caixa é suficiente para quitar 8,77 meses de vencimentos de títulos.

O prazo médio da dívida pública federal, que representa o tempo médio que o governo leva para refinanciar suas obrigações, também apresenta alterações. Ele subiu de 4,17 anos em abril para 4,20 anos em maio, permanecendo dentro do intervalo definido pelo PAF 2025, que varia entre 3,8 a 4,2 anos.

A composição da dívida pública também é um fator importante a ser considerado. Quase metade da dívida está atrelada à taxa básica de juros, a Selic, e a distribuição atual é a seguinte:

  • Taxa Flutuante (Selic): 48,25%
  • Índices de Preços (IPCA): 26,64%
  • Prefixados: 21,10%
  • Câmbio: 4,02%

Observa-se que as instituições financeiras são os maiores credores da dívida pública, aumentando sua participação em maio. O estoque detido por esse grupo subiu de R$ 2,21 trilhões para R$ 2,22 trilhões, embora a participação total tenha caído para 30,14%.

Por outro lado, a participação da Previdência Social na DPF caiu para 23,60%, representando um estoque de R$ 1,74 trilhão, após uma redução de R$ 6,75 bilhões. Esta alteração ilustra um movimento preocupante, que pode impactar diversos programas sociais no futuro.

Demais detentores da dívida

Segue a lista das outras partes que compõem o cenário de detenção da dívida pública:

  • Fundos de Investimento: 22,40% (R$ 1,65 trilhão)
  • Não-residentes: 9,88% (R$ 727,13 bilhões)
  • Seguradoras: 3,81% (R$ 280,25 bilhões)
  • Governo: 3,07% (R$ 225,75 bilhões)
  • Outros: 7,11% (R$ 523,03 bilhões)

 

 

(Tesouro Nacional)