(27/06/2025): Com a ocupação e a renda fortes, a massa de salários em circulação na economia renovou novo patamar recorde no trimestre encerrado em maio, totalizando R$ 354,605 bilhões. O rendimento médio de quem está trabalhando também alcançou R$ 3.457.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Como o mercado de trabalho está aquecido e temos um estoque de pessoas que vai se esvaindo com crescimento do mercado de trabalho, as possibilidades passam a diminuir. Então se o empresário quer contratar alguém com mais capacidade e mais produtividade, ele tem que aumentar o salário. Os trabalhadores ganham poder de barganha em relação ao salário atual”, justificou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE.
O resultado da massa de renda significou um aumento de R$ 19,435 bilhões no período de um ano, alta de 5,8% no trimestre encerrado em maio de 2025 ante o trimestre terminado em maio de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em fevereiro de 2025, a massa de renda real cresceu 1,8% no trimestre terminado em maio, R$ 6,153 bilhões a mais.
O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,4% na comparação com o trimestre até fevereiro, R$ 15 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em maio de 2024, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 3,1%, R$ 103 a mais.
A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 2,3% no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro. Já na comparação com o trimestre terminado em maio de 2024, houve elevação de 8,7% na renda média nominal.
Emprego com carteira assinada no setor privado soma 39,8 milhões de pessoas
O País registrou recorde no número de trabalhadores atuando com carteira assinada no setor privado no trimestre terminado em maio. Foram 39,762 milhões de pessoas trabalhando com esse tipo de vínculo, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa 202 mil vagas a mais com carteira em apenas um trimestre, aumento de 0,5% nesse contingente de trabalhadores. Em um ano, o setor privado absorveu mais 1,436 milhão de trabalhadores com carteira, alta de 3,7%.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado totalizou 13,700 milhões, alta de 1,2% em relação ao trimestre terminado em fevereiro, 157 mil pessoas a mais. Em um ano, esse tipo de ocupação aumentou 0,2%, 26 mil trabalhadores a mais atuando nessas condições.
O número de trabalhadores por conta própria subiu para 26,196 milhões, alta de 1,3% no trimestre, mais 329 mil pessoas. Em um ano, houve aumento de 2,8%, mais 724 mil trabalhadores.
Nesse grupo, o total de trabalhadores por conta própria com CNPJ avançou 7,044 milhões no trimestre até maio, 249 mil a mais que no trimestre encerrado em fevereiro. Em um ano, houve aumento de 544 mil pessoas atuando nessas condições.
(ibge)