Os números do segundo trimestre fiscal da Broadcom (NASDAQ:AVGO) ficaram levemente acima das expectativas, com receita de US$ 15 bilhões, crescimento anual de 20%, superando a projeção de US$ 14,96 bilhões. O lucro ajustado foi de US$ 1,58 por ação.
As ações recuam mais de 3% no pós-mercado de Nova York na quinta-feira (5), em verificação realizada às 18h48 (horário de Brasília). A Broadcom também é negociada na B3 através da BDR (BOV:AVGO34).
Para o terceiro trimestre fiscal, a Broadcom projetou receita de US$ 15,8 bilhões, ligeiramente acima da média esperada de US$ 15,75 bilhões.
Apesar do guidance positivo, parte do mercado demonstra frustração, já que algumas projeções mais otimistas indicavam até US$ 16,8 bilhões, o que sugere que o entusiasmo com a IA pode ter ido longe demais.
O CEO Hock Tan destacou que a receita com chips voltados à inteligência artificial subiu 46% no trimestre, alcançando US$ 4,4 bilhões.
A expectativa é que esse valor cresça para US$ 5,1 bilhões no trimestre atual, reforçada por encomendas de empresas como Amazon, Microsoft e Google, que continuam investindo pesado em infraestrutura de nuvem.
A diversificação da Broadcom tem ajudado a manter boas margens e estabilidade de receita. O segmento de semicondutores da Broadcom teve receita de US$ 8,4 bilhões no período, alta de 17% ano a ano. O braço de software, impulsionado pela aquisição da VMware, cresceu 25%, gerando US$ 6,6 bilhões em vendas.
As ações da Broadcom ainda têm valorização acumulada em 2025 em 12%, somando-se à duplicação de valor registrada em 2024. A capitalização de mercado atual é de cerca de US$ 1,2 trilhão, com boa parte da motivação desse avanço vindo da expectativa sobre chips personalizados para IA.
A Broadcom também anunciou a implementação de um desdobramento de ações de 10 para 1 para ampliar sua base de investidores.
Na teleconferência, a visão de Tan é otimista. Ele reiterou a confiança na aceleração da demanda por inferência de IA no segundo semestre de 2026.
Na perspectiva dos analistas, o JPMorgan manteve classificação de “Overweight” e preço-alvo em US$ 250.
Ainda assim, vale voltar a atenção no desafio atual da Broadcom de continuar a surpreender um mercado já bastante otimista.