As ações da CrowdStrike (NASDAQ:CRWD) recuavam 5,5% no início da tarde de quarta-feira (4), depois que reportou um crescimento ano a ano de 20% na receita do primeiro trimestre fiscal de 2026, totalizando US$ 1,10 bilhão, puxada principalmente por sua plataforma Falcon.
A CrowdStrike também é negociada na B3 através da BDR (BOV:C2RW34), que simultaneamente estava positiva em 1,5%, cotada a R$ 118,74 reais.
O lucro ajustado por ação ficou em US$ 0,73, acima das expectativas do mercado (US$ 0,66), mas abaixo dos US$ 0,79 registrados um ano antes.
Apesar do avanço na receita recorrente anual (ARR), que atingiu US$ 4,44 bilhões (+22% ano a ano), os resultados foram ofuscados por projeções abaixo do consenso para o segundo trimestre.
A empresa espera entre US$ 1,144 e US$ 1,151 bilhão em receita, frustrando os analistas que previam US$ 1,16 bilhão.
No trimestre, o lucro líquido GAAP foi negativo em US$ 110,2 milhões, revertendo um lucro de US$ 42,8 milhões no ano anterior. O prejuízo foi atribuído a custos elevados com vendas, marketing e compensações baseadas em ações, que representaram cerca de um quarto das despesas operacionais.
Mesmo com o prejuízo contábil, o fluxo de caixa livre atingiu US$ 279,4 milhões. O caixa total cresceu 25% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 4,61 bilhões, o maior valor já registrado pela empresa.
Como resposta à diluição das ações e em sinal de confiança no próprio desempenho, o conselho da CrowdStrike aprovou um programa de recompra de até US$ 1 bilhão em ações ordinárias, visando conter o efeito do aumento de 3% no número de ações nos últimos quatro anos.
A empresa também enfrenta pressões externas, como processos decorrentes da falha de software de julho de 2024 que desativou milhões de PCs. O impacto direto de US$ 60 milhões no exercício anterior ainda reverbera nas finanças, com novos custos de US$ 40 milhões contabilizados neste trimestre.
Para o restante de 2026, a CrowdStrike mantém uma visão otimista baseada na expansão do Falcon Flex. A empresa espera lucro ajustado por ação entre US$ 3,44 e US$ 3,56 no ano, apesar das incertezas regulatórias e do impacto do programa de fidelidade lançado após a crise do ano passado.