A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu uma assembleia geral extraordinária convocada para votar a fusão entre as processadoras de alimentos Marfrig e BRF, noticiou a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, nesta segunda-feira.

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De acordo com a reportagem, a CVM suspendeu a assembleia marcada para esta semana após uma representação da Latache Capital, acionista minoritária da BRF.

No plano anunciado em meados de maio, a Marfrig, que já possui uma participação controladora na BRF, assumiria o restante em um acordo de troca de ações.

Acionistas de ambas as companhias estavam previstos para votar o acordo em 18 de junho, em assembleias separadas. Não estava imediatamente claro quais das assembleias, ou se ambas, foram suspensas.

A BRF não quis comentar. Marfrig e CVM não responderam de imediato a pedidos de comentários feitos fora do horário comercial.

As empresas informaram anteriormente que a fusão estava sujeita à aprovação dos acionistas de ambas as companhias.

  • Por que a CVM suspendeu a assembleia sobre a fusão entre Marfrig e BRF?

A medida adia processo para a Marfrig incorporar a totalidade das ações de emissão da BRF, formando a MBRF, uma empresa global do setor de carnes e alimentos processados ​​com receita de R$ 152 bilhões consolidada em 12 meses.

 

O colegiado decidiu, por unanimidade, pelo provimento do pedido de adiamento da assembleia pelo prazo de 21 dias contados a partir da disponibilização das informações pela companhia quanto ao exigido pelo art. 9° da Resolução CVM nº 81/2022.

A decisão pela suspensão da assembleia veio após a Superintendência de Relações com Empresas (SEP), da CVM, sugerindo o adiamento da assembleia após pedidos de acionistas minoritários exigindo observância de pontos como alegadas irregularidades na constituição dos Comitês Especiais; alegado descumprimento das regras de conflito de interesses, com eventual atuação indevida de administradores, entre outros fatores.

A sugestão da SEP considera o adiamento da assembleia até a apresentação de informações adequadas aos acionistas da BRF para a compreensão dos critérios e informações que levaram o comitê e o conselho de administração da companhia a entender adequado o preço base de cada companhia, utilizado para cálculo da relação de troca proposta.

No plano anunciado em meados de maio, a Marfrig, que já possui uma participação controladora na BRF, assumiria o restante em um acordo de troca de ações.

A informação foi publicada antes pela coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, na segunda-feira.

Informações Reuters