A Docusign (NASDAQ:DOCU) apresentou resultados mistos no primeiro trimestre fiscal de 2026. Apesar de superar as expectativas de lucro e receita, a companhia frustrou o mercado ao reportar um faturamento abaixo do previsto, o que derrubou as ações em 18,97% na sexta-feira, 6 de junho de 2025.
A Docusign também é negociada na B3 através da BDR (BOV:D1OC34), que fechou em baixa de 20,24%, a um preço de fechamento de R$ 20,96 reais.
A receita total cresceu 8% na comparação anual, alcançando US$ 763,7 milhões, acima da expectativa de US$ 748 milhões. O lucro por ação ajustado foi de US$ 0,90, superando os US$ 0,81 esperados.
A margem bruta não-GAAP subiu ligeiramente, para 82,3%, enquanto o lucro líquido GAAP dobrou, atingindo US$ 0,34 por ação.
Por outro lado, o faturamento (métrica chave para o setor de software) cresceu apenas 4%, para US$ 739,6 milhões, abaixo da faixa projetada entre US$ 741 e US$ 751 milhões. A empresa atribuiu a desaceleração a mudanças na política de remuneração de vendas, que mudaram o ritmo de renovações antecipadas.
Analistas de bancos como JP Morgan e UBS mantiveram classificação neutra para as ações, mas reduziram suas projeções de preço. O UBS alertou que a explicação da empresa pode não ser suficiente para afastar temores sobre enfraquecimento macroeconômico ou falhas na execução comercial.
Ainda assim, a Docusign ampliou seu programa de recompra de ações em US$ 1 bilhão, elevando o total autorizado para US$ 1,4 bilhão. No trimestre, a companhia já recomprou US$ 183,4 milhões em ações, crescimento de 23% sobre o ano anterior.
Entre os destaques positivos, a empresa ultrapassou 10.000 clientes em sua plataforma de Gestão Inteligente de Contratos e anunciou novas ferramentas de IA, o Docusign Iris, e agentes inteligentes de contrato.
A projeção de receita anual foi mantida entre US$ 3,15 bilhões e US$ 3,16 bilhões, levemente acima da expectativa de mercado. A margem operacional não-GAAP esperada para o ano está entre 27,8% e 28,8%.