O dólar à vista fechou em leve alta diante do real nesta terça-feira, após mais uma sessão de oscilações contidas, acompanhando a tendência externa, de fortalecimento da moeda americana frente a divisas de países produtores de commodities.
O dólar chegou a cair durante o dia, em linha com o recuo dos juros futuros, após o IPCA de maio ter ficado abaixo do esperado. Porém, a demora e a falta de novidades sobre as negociações comerciais entre EUA e China, em Londres, acabou enfraquecendo as cotações das commodities e pesou sobre o câmbio doméstico.
O dólar à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 5,5704, após oscilar entre R$ 5,5388 e R$ 5,5769. Às 17h07, o dólar futuro para julho subia 0,15%, a R$ 5,5935.
Lá fora, o índice DXY ganhava 0,10%, aos 99,042 pontos. O euro tinha leve alta de 0,04%, a US$ 1,1426. E a libra caía 0,35%, a US$ 1,3501.
O que aconteceu com dólar hoje?
O ambiente desta sessão era de cautela tanto na cena doméstica quanto no exterior, com os investidores sem adotar grandes posições em qualquer direção.
No Brasil, o mercado espera pela apresentação detalhada das propostas do governo para substituir aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Um anúncio inicial das medidas foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no domingo.
Após reunião com lideranças partidárias, Haddad sinalizou com um pacote abrangente, que inclui a taxação de títulos atualmente isentos e cobranças maiores sobre apostas online e instituições financeiras.
O ministro ainda afirmou que o governo apresentará uma medida provisória nesta semana com as propostas que compensarão um novo decreto para reduzir o IOF, mas não apontou iniciativas estruturais no eixo de revisão de despesas do governo.
“Embora as mudanças propostas possam potencialmente levar a alíquotas de impostos mais altas para algumas das empresas em nossa cobertura, os detalhes ainda não são totalmente conhecidos e podem mudar à medida que a situação permanece fluida”, disseram analistas do Goldman Sachs em relatório nesta terça.
Sem novidades nessa frente, investidores ficavam às margens das negociações, observando dados de inflação para projetar a próxima decisão de política monetária do Banco Central, que ocorrerá na semana que vem.
O IBGE informou que o IPCA teve alta de 0,26% em maio, desacelerando em relação ao avanço de 0,43% em abril e abaixo do esperado por analistas em pesquisa da Reuters. Em 12 meses, o índice foi a 5,32%, ante 5,53% no mês anterior.
O resultado para a inflação de maio é o último relatório de inflação antes dos membros do BC voltarem a se reunir na próxima semana para a decisão sobre a taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano.
Operadores estão mais inclinados a uma pausa no aperto monetário, com 76% das apostas no mercado futuro de juros nessa direção, enquanto 24% preveem uma alta de 0,25 ponto percentual.
No exterior, a cautela vem da espera por detalhes sobre as discussões em andamento entre Pequim e Washington, que buscam resolver divergências em várias áreas, como minerais de terras raras, exportações de chips e tarifas de importação.
Os mercados estão atentos ao encontro em Londres, uma vez que as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo provocam a perspectiva de uma desaceleração econômica global.
Mais cedo, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, indicou que as negociações estão indo bem.
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Data | Compra | Venda | Variação | Variação |
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3/6/2025 | 5,6351 | 5,6352 | -0,7% | -0,0398 |
4/6/2025 | 5,6441 | 5,6447 | 0,17% | 0,0095 |
5/6/2025 | 5,5849 | 5,5855 | -1,05% | -0,0592 |
6/6/2025 | 5,569 | 5,5696 | -0,28% | -0,0159 |
7/6/2025 | 5,5613 | 5,5619 | -0,14% | -0,0077 |
10/06/2025 | 5,5698 | 5,5699 | 0,14% | 0,008 |
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