A Embraer recebeu um pedido firme da SkyWest para 60 aeronaves, com direitos de compra para 50 jatos adicionais.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:EMBR3) nesta quarta-feira (18).

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As entregas das aeronaves começarão em 2027. O preço de lista do contrato de pedido firme para 60 aeronaves, que será incluído na carteira de pedidos da Embraer do segundo trimestre, é de US$ 3,6 bilhões. Com uma frota de 263 aeronaves e uma carteira de pedidos de 16 jatos, a SkyWest Airlines é a maior proprietária e operadora de E-Jets do mundo. Este pedido avança essa posição ainda mais.

“Como a maior proprietária e operadora de E175 em todo o mundo, temos a satisfação de continuar a expandir nossa frota de E175 e de aprimorar nossa presença nos dois segmentos. Este pedido nos permite avançar em nossa estratégia de frota de longo prazo e continuar a entregar o principal produto regional da indústria,” afirma Chip Childs, Presidente e CEO da SkyWest.

“Estamos entusiasmados em continuar nossa parceria de longa data com a SkyWest Airlines com este grande pedido. O E175 é a base fundamental da aviação regional na América do Norte, e este pedido reforça a confiança da SkyWest no desempenho, confiabilidade e conforto de passageiros de nossas aeronaves.

Queremos apoiar o crescimento e o sucesso da SkyWest nos próximos anos,” afirma Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. A Embraer e a SkyWest têm trabalhado em colaboração próxima por quase 40 anos, com início em 1986, quando a companhia norte-americana adquiriu cinco aeronaves EMB-120 Brasília.

No final de 1997, a SkyWest celebrou seu 25º aniversário, enquanto já operava mais de 40 aeronaves EMB-120. Em 2013, a parceria foi renovada com a compra de 100 E175s. Hoje, a SkyWest é a maior operadora do E175, com mais de 260 aeronaves da Embraer.

VISÃO DO MERCADO

Às 12h36, a ação da companhia subia 3,72%, a R$ 72,71.

A companhia recebeu nesta quarta um pedido firme de 60 aeronaves E175 da SkyWest Airlines, em uma encomenda avaliada em US$ 3,6 bilhões, que inclui direitos de compra que envolvem 50 jatos adicionais. A Lituânia, por sua vez, escolheu o Embraer C-390 Millennium como a aeronave de transporte militar de próxima geração do país, abrindo caminho para a aquisição de três jatos.

O Itaú BBA classificou como positivas as notícias envolvendo um possível novo pedido da SkyWest. Considerando um desconto potencial de 50%, o pedido poderia levar a carteira de pedidos da Embraer no segundo trimestre de 2025 a um novo recorde, superando os US$ 26,4 bilhões registrados no primeiro trimestre.

Para o BBA, um pedido dessa magnitude tende a provocar uma reação forte no mercado, validando o otimismo da equipe com o Paris Air Show e reforçando a projeção de uma TIR (taxa interna de retorno) de 14% nominal em dólares para a ação — já levando em conta a valorização de 7% desde a publicação do relatório anterior, na semana passada.

O BBA manteve recomendação de compra e preço-alvo de US$ 62 por ADR.

De acordo com o BTG, a sequência de anúncios na Defesa reforça a posição estratégica da Embraer e o crescimento do backlog do KC-390, mas a ausência de novos pedidos no segmento comercial gera expectativa para os próximos dias.

O BTG reitera recomendação de compra e preço-alvo de R$ 94.

O Bradesco BBI classificou como positivas as notícias envolvendo a Embraer, destacando que o pedido firme de 60 jatos E175 representa um acréscimo de US$ 3,6 bilhões à carteira de pedidos do 1T25, o que corresponde a um aumento de 14% com base no preço de tabela.

Segundo o banco, o anúncio foi uma adição bem-vinda ao Paris Air Show deste ano, contribuindo com contratos comerciais à lista de divulgações dos dois primeiros dias, que até então eram focadas em defesa e pedidos para a Eve. Com esse pedido e os demais já anunciados em 2025, o book-to-bill do segmento comercial da Embraer está ligeiramente abaixo de 1 vez.

Apesar do crescimento expressivo da carteira de pedidos a preços de lista, o banco estima um valor presente líquido (VPL) de US$ 1,40 por ação da Embraer, o que representa cerca de 3% em relação ao preço de fechamento do dia anterior, já considerando os descontos usuais nos contratos.

O BBI também destacou que os potenciais três novos pedidos da Lituânia podem adicionar entre US$ 360 milhões e US$ 720 milhões à carteira de pedidos da Embraer, considerando o preço unitário das aeronaves e serviços associados. Isso representa um incremento de 1% a 3% em relação à carteira total do primeiro trimestre de 2025 e de cerca de 8% na carteira combinada de Defesa e Serviços.

Com esse movimento, a Lituânia se tornou o sétimo país da OTAN a selecionar o cargueiro militar C-390 Millennium, juntando-se a Portugal, Hungria, Holanda, República Tcheca, Suécia e Eslováquia. Também passou a ser o 12º país no total a encomendar ou escolher a aeronave.

Para o BBI, essa nova encomenda — somada às 10 opções adicionais anunciadas por Portugal para possíveis aquisições por outras nações — reforça a visão de que a Embraer pode continuar anunciando novos contratos com países da OTAN nos próximos meses e anos. Em relatório anterior, o banco estimou um potencial de pelo menos 50 novas encomendas do C-390 vindas da OTAN, com a expansão dos investimentos em defesa na Europa podendo gerar uma carteira entre US$ 5 bilhões e US$ 11 bilhões.

O banco observa ainda que, caso a Embraer amplie sua presença em outros países da aliança militar, o mercado endereçável pode dobrar. Além disso, a fabricante brasileira disputa encomendas relevantes em países como Índia (40 a 80 aeronaves) e Arábia Saudita (33 unidades).

O Bradesco BBI mantém recomendação de compra para os papéis da Embraer e preço-alvo de US$ 60 ao fim de 2025.