A FedEx (NYSE:FDX) divulgou resultados financeiros acima das expectativas no quarto trimestre fiscal de 2025, com lucro ajustado por ação de US$ 6,07 frente aos US$ 5,84 esperados e receita de US$ 22,2 bilhões ante os US$ 21,79 bilhões projetados. O bom desempenho foi impulsionado por aumentos nos volumes de entrega e margens mais fortes.

O lucro líquido reportado foi de US$ 1,65 bilhão (US$ 6,88 por ação), frente aos US$ 1,47 bilhão (US$ 5,94 por ação) no mesmo período do ano anterior.

O volume diário de encomendas cresceu 6% nos EUA, com entregas domiciliares subindo 10%, sinalizando leve recuperação da demanda.

A companhia encerrou o ano fiscal com US$ 87,9 bilhões em receita, praticamente estável em relação aos US$ 87,7 bilhões do exercício anterior.

A margem operacional ajustada no quarto trimestre subiu para 9,1%, refletindo a eficácia da iniciativa DRIVE, que já resultou em US$ 4 bilhões em economias.

Apesar do avanço nos resultados, as ações operavam em baixa de 2,4%, em verificação feita no início da tarde, melhorando de uma queda de cerca de 5% mais cedo, no pré-mercado de quarta-feira (25), após a empresa divulgar projeções abaixo do esperado para o primeiro trimestre fiscal de 2026.

A FedEx também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:FDXB34), que simultaneamente tinha queda de 1,4%.


O lucro ajustado por ação estimado para o primeiro trimestre ficou entre US$ 3,40 e US$ 4,00, aquém dos US$ 4,06 esperados pelo mercado.

A FedEx evitou divulgar um guidance anual para o exercício de 2026, citando incertezas econômicas, geopolíticas e comerciais, como os impactos das tarifas internacionais e mudanças nas remessas da China. A estimativa é de um crescimento de receita de até 2% no próximo trimestre.

A empresa planeja investir US$ 4,5 bilhões no novo ano fiscal, com foco na automação, modernização da frota e maior eficiência logística. Também pretende cortar mais US$ 1 bilhão em custos com o programa Network 2.0, que unificará as redes expressa e terrestre.

A divulgação dos resultados ocorreu dias após a morte do fundador Fred Smith, que transformou a logística global com a criação da FedEx. Seu sucessor, Raj Subramaniam, agora lidera a transição estratégica da empresa para um modelo mais enxuto e integrado, essencial diante do novo cenário comercial global.