A Fitch e a Moody’s atribuíram classificação BBB e Baa2, respectivamente, para a emissão de notas sêniores não garantidas da Gerdau, com vencimento em 2035.

Segundo a Fitch, os papéis seguem a mesma classificação da dívida geral da siderúrgica. Já a Moody’s informou que a nota é sustentada pela geração de caixa da empresa, refletindo sua forte posição de mercado e a gestão voltada à eficiência de custos. No momento, as ações da companhia recuam 0,37%.

De acordo com as agências, os recursos obtidos com a emissão fazem parte da estratégia de gestão de passivos da Gerdau (BOV:GGBR3) (BOV:GGBR4) e serão utilizados para financiar uma oferta de recompra das notas sêniores com vencimento em 2027.

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“A diversificação geográfica da empresa e sua estrutura de produção flexível, baseada em fornos elétricos a arco (EAF), proporcionam vantagens competitivas e a capacidade de responder rapidamente a mudanças nas condições de mercado”, avaliou a Fitch.

No relatório, a agência destacou que a Gerdau opera instalações industriais em sete países e conta com ativos diversificados, o que ajuda a mitigar impactos de quedas nos mercados primários tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Em 2024, a América do Norte gerou 44% do Ebitda da Gerdau, enquanto o Brasil respondeu por 30%, a América do Sul (excluindo o Brasil) por 8%, e o segmento de aço especial por 18%.

Para a Moody’s, apesar dos ambientes operacionais voláteis, a Gerdau mantém fluxo de caixa livre (FCF) positivo desde 2013, demonstrando capacidade de reduzir significativamente os níveis de dívida e fortalecer seus indicadores de crédito, em parte com recursos provenientes de desinvestimentos.

“A classificação da Gerdau é limitada pela exposição à indústria siderúrgica cíclica — especialmente no Brasil (rating estável) e nos Estados Unidos (rating Aa1 estável) — e à volatilidade cambial, uma vez que mais da metade do fluxo de caixa é gerado no Brasil e em outros países da América Latina”, observou a Moody’s.

A agência também destacou que a liquidez da Gerdau é robusta, com R$ 6,9 bilhões em caixa em março de 2025, R$ 5 bilhões disponíveis em linha de crédito rotativo e R$ 1,8 bilhão em dívidas vencendo até o final do ano. “Assim, a companhia tem flexibilidade para enfrentar choques de curto prazo”, concluiu a Moody’s.

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