A Gap Inc. (NYSE:GAP) surpreendeu positivamente no primeiro trimestre fiscal, com lucro de US$ 0,51 por ação, acima da expectativa de US$ 0,45, e receita de US$ 3,46 bilhões, também superando os US$ 3,42 bilhões esperados. As vendas comparáveis subiram 2%, superando os 1,7% previstos.
Apesar dos bons resultados, as ações da Gap despencaram 20,18% na última sexta-feira (30), após a empresa alertar que novas tarifas de importação podem reduzir seu lucro operacional em até US$ 150 milhões este ano. O impacto líquido, mesmo com a mitigação, afetaria especialmente o segundo semestre.
Mesmo com a reação negativa do mercado, analistas seguem majoritariamente otimistas, com a recomendação média sendo “Buy” e preço-alvo de US$ 27,50. A Gap Inc. também é negociada na B3 através da BDR (BOV:GPSI34).
A projeção anual foi mantida: crescimento de vendas entre 1% e 2%, com avanço do lucro operacional de 8% a 10%. No entanto, a previsão não considera o efeito das tarifas, cuja suspensão foi revertida temporariamente por um tribunal de apelações.
Por segmento, a Old Navy cresceu 3% em vendas, com destaque para roupas esportivas. A marca Gap teve alta de 5% nas vendas, liderada por renovação de estilo e campanhas eficazes. A Banana Republic recuou 3%, e a Athleta caiu 6%, com queda de 8% nas vendas comparáveis.
A empresa afirmou que menos de 3% de seus produtos virão da China até o fim do ano, tentando reduzir a exposição tarifária. O Vietnã e a Indonésia continuam como principais fornecedores, mas o Vietnã pode enfrentar tarifas de até 46%.
A margem bruta do trimestre ficou em 41,8%, e a empresa espera que esse nível se mantenha no segundo trimestre, embora abaixo das previsões de analistas. O impacto tarifário ainda não está refletido nessa projeção, mas pode pressionar as margens mais adiante.