O Ibovespa fechou em firme alta na sessão desta quinta-feira, com vértices da curva de juros em queda significativa, diante de dados de inflação doméstica abaixo do esperado e ventos favoráveis de Wall Street, onde índices acionários beiraram máximas recordes intradiárias, com investidores minimizando riscos geopolíticos e favorecendo perspectiva de cortes de juros pelo Federal Reserve.
O Índice Bovespa encerrou com altas de 0,99%, aos 137.113 pontos. O volume de negociação foi de R$16,0 bilhões, acima/abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$17,3 bilhões.
Os vértices da curva de juros recuaram em bloco, embora taxas curtas tenham permanecido estáveis, diante da elevação das projeções de inflação para 2027, reiterando viés de juros longo por período prolongado, conforme estimativas do Relatório de Política Monetária, publicado mais cedo.
Ao fim do dia, o dólar futuro operava em queda de 1,10%, cotado a R$5,501, enquanto o índice Dólar DXY, que calcula o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, tinha queda de 0,49%, aos 97,2 pontos.
Mais cedo, o Relatório de Política Monetária, do Banco Central, elevou a taxa de crescimento da economia local para 2,1% para 2025, de 1,9% em março, ainda que tenha ressaltado a perspectiva de desaceleração da atividade econômica ao longo do trimestre corrente e do segundo semestre.
De acordo com o relatório do BC, os dados disponíveis de abril e maio apresentaram “resultados mistos”, mas em conjunto sugerem um menor crescimento da economia no segundo trimestre. Também de acordo com o relatório, as projeções para os preços, no cenário de referência, começam a recuar a partir do quarto trimestre.
Por outro lado, RPM mostrou elevação das projeções trimestrais de IPCA em 2027, para 3,4% no segundo trimestre, ante 3,3% no relatório de março. De acordo com o Itáu, relatório possui “mensagem clara” de corte de juros mais tarde. Também para o banco, ainda que hiato do produto tenha sido mantido em –0,8% ao fim de 2026, indicando ociosidade da atividade, há potencial de revisão para direção mais inflacionária adiante.
Curva de juros foi pressionada para baixo, também, pela desaceleração maior que esperado do IPCA-15 em junho, cuja alta de 0,26% na base mensal veio abaixo do consenso, de alta de 0,30%. Antes, em maio, o IPCA-15 registrou alta mensal de 0,36%. Na base anual, o IPCA-15 desacelerou ritmo de alta a 5,27%, ante 5,40%.
No noticiário corporativo, ações de Localiza e Movida foram destaque de baixa, com mercado reagindo a notícia de que governo avalia cortar impostos para novos carros populares. Analistas de Itaú BBA e Eleven Financial apontaram que medida poderia pressionar desempenho de unidades de seminovos de locadoras de veículos.
As maiores contribuidoras do Ibovespa foram as ON de Vale, B3 e WEG, que subiram 3,01%, 3,60% e 2,99%, respectivamente.
As maiores altas percentuais do Ibovespa foram as ON de Azzas2154, Natura e Vivara, que subiram 5,97%, 4,97% e 4,26%, respectivamente.
Os futuros do petróleo Brent operavam em alta de 0,41%, aos US$67,96 por barril, com mercado mudando o foco da geopolítica para fundamentos, depois do cessar-fogo por enquanto mantido entre Israel e Irã.
Operadores olhavam para dados mostrando queda além do esperado nos estoques nos EUA na semana até 20 de junho, além de alta nas atividades de refino, diante do início da temporada de pico de demanda por combustíveis entre americanos.
Os futuros do minério de ferro de Dalian tiveram leve alta de 0,64%, apoiados pela fraqueza do dólar e por declarações do premiê chinês, Li Quiang, sobre medidas do governo para fomentar o consumo doméstico.
O avanço dos preços foi limitado por dados mostrando aumento de estoques de minério nos portos da China, em meio a aumento de embarques da Austrália e Brasil, notadamente da Vale.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/06/2025 | -0,18% | 136.786,65 | R$ 20,8 bilhões |
03/06/2025 | 0,56% | 137.546,26 | R$ 21,6 bilhões |
04/06/2025 | -0,40% | 137.001,58 | R$ 21,7 bilhões |
05/06/2025 | -0,56% | 136.236,37 | R$ 22,0 bilhões |
06/06/2025 | -0,10% | 136.102,10 | R$ 24,4 bilhões |
09/06/2025 | -0,30% | 135.699,38 | R$ 19,7 bilhões |
10/06/2025 | 0,54% | 136.436,07 | R$ 20,5 bilhões |
11/06/2025 | 0,51% | 137.128,04 | R$ 21,4 bilhões |
12/06/2025 | 0,49% | 137.799,74 | R$ 28,6 bilhões |
16/06/2025 | 1,49% | 139.258,34 | R$ 22,0 bilhões |
17/06/2025 | -0,30% | 138.840,02 | R$ 22,6 bilhões |
18/06/2025 | -0,09% | 138.716,64 | R$ 32,9 bilhões |
20/06/2025 | -1,15% | 137.115,83 | R$ 31 bilhões |
23/06/2025 | -0,41% | 136.550,50 | R$ 20,4 bilhões |
24/06/2025 | 0,45% | 137.164,61 | R$ 21,2 bilhões |
25/06/2025 | -1,02% | 135.767,29 | R$ 18,8 bilhões |
26/06/2025 | 0,99% | 137.113,89 | R$ 21,9 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
-
💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
EcoRodovias (ECOR3)
A EcoRodovias comunicou que a Concessionária Ecovias Imigrantes e a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) assinaram um termo aditivo, que tem por escopo incorporar ao Contrato de Concessão, mediante futuro reequilíbrio contratual, a responsabilidade pela elaboração de todos os estudos e respectivos projetos, funcional e executivo, necessários para a futura construção e implantação de nova infraestrutura, visando à ampliação de capacidade do Sistema Anchieta-Imigrantes, para uma nova ligação entre o planalto e a baixada santista (3ª pista na Rodovia dos Imigrantes no trecho de serra). Saiba mais…
O segundo leilão de repactuação de contrato de concessão realizado pelo governo federal neste ano foi vencido novamente pela mesma empresa que já detém a rodovia alvo do certame, após a Ecorodovias ter sido a única a mostrar interesse pelo trecho de quase 500 quilômetros da BR-101 entre Bahia e Espírito Santo. Saiba mais…
Eneva (ENEV3)
A Eneva informou que realizará o pagamento da quarta parcela contingente aos acionistas Focus Energia no valor de de R$ 82,7 milhões, correspondente a R$ 0,92317228 por ação, referente ao acordo arbitral encerrado no ano passado. Saiba mais…
Log-In (LOGN3)
O Conselho de Administração da Log-In aprovou a 5ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 280 milhões. Saiba mais…
Pague Menos (PGMN3)
A Pague Menos fará a sua 8ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor de R$ 350 milhões. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras arrematou 17,5 milhões de barris de petróleo da União do campo de Mero, produzidos na plataforma do tipo FPSO, no pré-sal da Bacia de Santos, nos navios plataformas Alexandre de Gusmão e Pioneiro de Libra, em leilão da Pré-Sal Petróleo (PPSA), responsável por representar a União nos campos sob contrato de partilha de produção. Saiba mais…
A Petrobras, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, a agência InvestSP e a Brazilian Energy Council (Brenc) formalizaram esta semana um protocolo de intenções para impulsionar o setor offshore no litoral paulista, e com isso fortalecer a cadeia produtiva do petróleo, gás e energia do País, informou a Petrobras. Saiba mais…
A Petrobras foi a maior vencedora do 5º Leilão de Petróleo da União realizado nesta quinta-feira, 26, pela Pré-Sal Petróleo (PPSA). A empresa ficou com três dos 7 lotes licitados, que totalizam 36,5 milhões de barris, dos 74,5 milhões colocados à disposição dos participantes. A empresa levou os lotes 1, 4 e 7. Saiba mais…
Rumo (RAIL3)
A Rumo e sua subsidiária Rumo Malha Norte informaram a reapresentação das propostas da administração para a Assembleia Geral Extraordinária marcada para 27 de junho de 2025. A atualização se deve a ajustes no cálculo da relação de troca de ações entre as companhias. Saiba mais…
São Carlos (SCAR3)
A São Carlos celebrou escritura, para a alienação de um portfólio de ativos de varejo, detidos pela subsidiária Best Center Empreendimentos e Participações. Saiba mais…