O Ibovespa encerrou em alta nesta terça-feira, revertendo queda inicial, em meio à sessão positiva dos índices em Wall Street. No mercado local, investidores estavam de olho no almoço entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e presidentes da Câmara e do Senado, para discutir pacote de medidas fiscais alternativo ao aumento do IOF, enquanto pesquisa Gerp mostrou que desaprovação do petista aumentou e ele perderia para Bolsonaro em 2026.
O Índice Bovespa fechou com alta de 0,56%, aos 137.546 pontos. O volume de negociação desta quarta foi de R$ 21,6 bilhões, levemente abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$ 17,8 bilhões.
Os vértices longos da curva de juros encerraram mistos, com a cauda curta avançando até 7,5 pontos-base, na esteira de falas consideradas ‘hawkishs’ do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na véspera, enquanto a cauda longa recuou até 2,0 pontos-base.
Operadores acompanharam o leilão de títulos pós-fixados do Tesouro Nacional que vendeu quase a totalidade dos títulos ofertados, colocando no mercado integralmente as 2 milhões de NTN-Bs e 895.100 de 900 mil de LFTs.
Ao fim do dia, o dólar futuro operava em queda de 0,74%, cotado a R$5,671, registrando a melhor performance ante o dólar em uma cesta de 23 divisas acompanhadas pela Mover. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda ante uma cesta de divisas, operava em alta de 0,57%, aos 99,2 pontos.
Book de ofertas: a mais completa do mercado financeiro, acompanhe as ofertas de compra e venda de um ativo e todos os negócios realizados no dia.
Mais cedo, Lula afirmou em entrevista coletiva que iria almoçar com Hugo Motta e Davi Alcolumbre, nesta terça, para definir acordo sobre IOF. Posteriormente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pontuou que a pasta trabalha em detalhes de medidas alternativas a mudanças no IOF, que foram apresentadas, e apenas aguardam reunião com líderes no Congresso para divulgação.
Haddad alegou haver “zelo” na divulgação, prevista para após reunião com lideranças no domingo. “O acordo é apresentar as medidas. Em caso de aprovação, há espaço para recalibragem do IOF”, afirmou, ao lado de Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e Hugo Motta, presidente da Câmara.
Vértices curtos da curva avançaram, repercutindo falas de Galípolo na noite de segunda-feira, quando citou atividade “surpreendentemente resiliente” e discussão ainda em andamento sobre Selic terminal. Também na véspera, Galípolo afirmou que o BC “precisa ser forte para enfrentar a pressão” de manter os juros elevados por tempo suficiente.
No âmbito corporativo, destaque para a alta da Gerdau, seguindo movimento iniciado ontem, após Casa Branca confirmar que Trump assinaria ainda hoje uma ordem executiva anunciada na noite de sexta, que irá dobrar a taxação sobre o aço e o alumínio. A medida deve beneficiar relativamente a Gerdau, cuja 60% da exposição do EBITDA vem da operação norte-americana, de acordo com cálculos do BTG.
Ainda no noticiário ligado a empresas, UBS-BB elevou preço-alvo e projeções de lucro para Magazine Luiza, enquanto Itaú BBA melhorou recomendação de papéis do Bradesco para “compra” e a varejista Petz obteve aprovação sem restrições do órgão de defesa da concorrência Cade para fusão com Cobasi.
Entre as ações, as maiores contribuidoras do Índice Bovespa foram as ON da B3, as PN do Bradesco e as Units do BTG Pactual, avançaram 3,43%, 1,70% e 2,04%, respectivamente.
Entre destaques nas altas percentuais do Ibovespa, figuravam as ON da Magazine Luiza, da Cosan e da Natura, que subiram 7,44%, 6,09% e 5,18%, na sequência.
Na ponta negativa, destaque para as ON da JBS, da Rede D’Or e da Minerva, que recuaram 3,38%, 3,04% e 1,56%, na mesma ordem.
Os futuros do petróleo Brent operavam em alta de 1,44%, aos US$65,56 por barril ao fim do dia, no segundo pregão consecutivo de ganhos, tocando máximas de duas semanas, em meio a disrupções na oferta da commodity pelo Canadá, em razão de incêndios florestais, e com tensão geopolítica elevada.
Na véspera, Trump afirmou que os EUA não iriam permitir o enriquecimento de urânio como parte de um potencial acordo com o Irã. Também ontem, operadores avaliaram as repercussões do ataque, pela Ucrânia, à infraestrutura militar russa, no fim de semana. Hoje, Israel disse que sofreu o terceiro ataque apenas neste mês com mísseis lançados pelos Houthis, do Iêmen.
No mercado de minério de ferro, os contratos futuros na bolsa chinesa de Dalian caíram 1,14% na última madrugada, após o feriado ontem. As preocupações contínuas sobre a demanda na China e excesso de oferta ainda afetam o sentimento dos investidores, assim como as renovadas tensões comerciais entre EUA e China. As vendas e preços de imóveis de maio na China vieram mais fracas do que o esperado. Já na véspera, a atividade industrial da China encolheu pela primeira vez em oito meses em maio, a 48,3, na esteira da guerra comercial travada com os Estados Unidos, segundo dados do PMI Industrial Caixin.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/06/2025 | -0,18% | 136.786,65 | R$ 20,8 bilhões |
03/06/2025 | 0,56% | 137.546,26 | R$ 21,6 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
-
💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Ambev (ABEV3)
A agência de classificação de risco Moody’s revisou a perspectiva da nota de crédito da Ambev de “positiva” para “estável”. Saiba mais…
Automob (AMOB3)
Automob anuncia Sebastián Dario Los como novo CEO e diretor de RI após renúncia de Antônio Barreto Júnior. Saiba mais…
BRB (BSLI3/BSLI4)
O BRB formalizou a contratação da Grant Thornton Auditores Independentes para substituir a Ernst & Young na prestação de serviços de auditoria independente das demonstrações financeiras.
Direcional (DIRR3)
A Direcional informou que o valor total integralizado pelo RIZA Viseu FII na aquisição de participação na Riva Incorporadora somou R$ 265,01 milhões, correspondendo a 9,98% da construtora.
Equatorial (EQTL3) e Neoenergia (NEOE3)
A Equatorial e a Neoenergia receberam aval da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para operações que resultarão em parcerias societárias voltadas à autoprodução de energia, conforme despachos publicados nesta terça-feira, 3, no Diário Oficial da União. Saiba mais…
Gerdau (GGBR3/GGBR4)
A Fitch e a Moody’s atribuíram classificação BBB e Baa2, respectivamente, para a emissão de notas sêniores não garantidas da Gerdau, com vencimento em 2035. Saiba mais…
Localiza (RENT3)
A Localiza concluiu sua 42ª emissão de debêntures no valor total de R$ 1,515 bilhão, após exercício parcial da opção de lote adicional que elevou o montante inicial de R$ 1,5 bilhão. Saiba mais…
Minerva (BEEF3)
A Minerva anunciou a recompra de mais uma parcela de seus Bonds com vencimento em 2028 e 2031, totalizando US$ 240,1 milhões (R$ 1,363 bilhão), com descontos médios de 21% e 15%, respectivamente. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A agência de classificação de risco Moody’s alterou a perspectiva de nota de crédito global da Petrobras. Passou de “positiva” para “estável”. Saiba mais…
Petz (PETZ3)
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade), proferiu decisão de aprovação sem restrições da operação envolvendo a combinação dos negócios entre a Petz e a Cobasi. Saiba mais…
REAG (REAG3)
A REAG Investimentos homologou parcialmente aumento do capital social no valor de R$ 420,935 milhões, mediante emissão de 90,136 milhões de novas ações ordinárias. O capital social passou de R$ 164,2 milhões para R$ 585,1 milhões. Saiba mais…
Renova Energia (RNEW11)
A Renova Energia informou que, no âmbito da operação de grupamento das ações, na proporção de 2 ações pré-grupamento para 1 ação pós-grupamento, encerrou-se nesta data o prazo para livre ajuste de posição acionária, disponibilizado para que os interessados em se manter acionistas pudessem negociar as ações e units da companhia e compor lotes inteiros de ações de cada espécie e units, múltiplos de 2. Saiba mais…
Rumo (RAIL3)
A Rumo atualizou informações sobre a potencial incorporação de ações da Malha Norte anunciada em fevereiro de 2025. Saiba mais…
TIM (TIMS3)
A TIM informou que seus acionistas aprovaram, em Assembleia, uma operação de grupamento e desdobramento das ações na proporção de 100 para 1 e depois de 1 para 100, sem alteração do capital social. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A agência de classificação de risco Moody’s revisou a perspectiva do rating da Vale de “positiva” para “estável”, mantendo a nota em Baa2. Saiba mais…
Vivara (VIVA3)
A Vivara Participações passará a operar um novo centro de distribuição (CD) no estado do Espírito Santo. Saiba mais…