As ações da Lennar (NYSE:LEN) recuavam mais de 4% na hora final de negociação de terça-feira (17), depois que registrou lucro líquido de US$ 477 milhões no segundo trimestre de 2025, uma queda de 50% em relação aos US$ 954 milhões de um ano antes.
A Lennar também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:L1EN34), que simultaneamente caía 1,7%, cotada a R$ 590,00.
O lucro por ação caiu para US$ 1,81, abaixo da expectativa dos analistas de US$ 2,05. A receita total somou US$ 8,4 bilhões, superando a previsão de US$ 8,16 bilhões, mas abaixo dos US$ 8,77 bilhões do mesmo trimestre de 2024.
Apesar do ambiente desafiador, os novos pedidos cresceram 6%, para 22.601 unidades, e as entregas aumentaram 2%, alcançando 20.131 casas.
O preço médio de venda caiu 8,7%, para US$ 389.000, marcando o menor patamar desde 2020 e ficando abaixo da estimativa de US$ 393.510. A empresa precisou ampliar os incentivos, como descontos e taxas menores, para estimular as vendas em meio à perda de confiança dos consumidores.
A margem bruta nas vendas de imóveis recuou para 17,8%, ante 22,6% no mesmo período do ano anterior, pressionada pelos custos mais altos de terrenos e menores preços de venda. Ainda assim, a empresa prevê uma margem estável de aproximadamente 18% no trimestre atual.
A liquidez segue alta, com US$ 5,4 bilhões em caixa e recompras de US$ 517 milhões em ações.
Para o terceiro trimestre, a Lennar projeta entregas entre 22.000 e 23.000 casas, abaixo do consenso de 23.293. O preço médio deve recuar novamente, ficando entre US$ 380.000 e US$ 385.000, nível mais baixo desde 2017.