Esse é o Morning Call ADVFN,  04 de junho de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:  Os futuros americanos operam com alta, com investidores monitorando as disputas tarifárias, após o presidente americano Donald Trump dobrar as tarifas sobre as importações de aço e alumínio. No radar, o relatório de folha de pagamento do setor privado da ADP e Livro Bege do Federal Reserve (Fed).

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam no campo positivo, enquanto investidores aguardam novos dados sobre o mercado de trabalho, que até agora tem se mostrado mais resiliente do que o esperado em meio à disputa comercial.

Ontem, as bolsas de Nova York tiveram ganhos generalizados pelo segundo pregão seguido, com o S&P 500 ficando a menos de 3% da máxima histórica atingida neste ano e em meio a um rali de ações de tecnologia liderado pela gigante de chips de inteligência artificial Nvidia, que voltou a superar a Microsoft como maior empresa dos EUA em valor de mercado.

Na agenda:  o relatório de folha de pagamento do setor privado da ADP e Livro Bege do Federal Reserve (Fed), ambos previstos para esta quarta. Ao longo da semana, os investidores seguem atentos a dados importantes do mercado de trabalho, com os pedidos semanais de auxílio-desemprego na quinta-feira e, na sexta, o aguardado relatório oficial de empregos de maio.

Tarifas: O presidente americano Donald Trump formalizou na terça-feira (3) um decreto que duplica as tarifas de importação sobre aço e alumínio, elevando-as de 25% para 50%. A medida entrará em vigor a partir de hoje (4), segundo a secretária de imprensa Karoline Leavitt, que confirmou a assinatura do decreto sem fornecer detalhes sobre o cronograma de implementação. A decisão ocorre enquanto Washington mantém conversas com diversos parceiros sobre as chamadas tarifas “recíprocas”, com prazo estabelecido para 9 de julho.

Na Europa,  as bolsas operam sem direção única, com o índice alemão DAX se aproximando de máximas históricas em meio a expectativas de aprovação de um pacote de alívio fiscal que impulsione o crescimento da Alemanha, maior economia da região. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,59%, a 551,67 pontos.

O gabinete alemão espera aprovar o pacote – que prevê uma série de isenções fiscais para estimular empresas a ampliar investimentos – no Parlamento ainda hoje. Mais cedo, pesquisa da S&P Global mostrou que o PMI de serviços da Alemanha caiu para 47,1 em maio, vindo abaixo da estimativa preliminar e marcando a maior contração da atividade em dois anos e meio. Os PMIs da zona do euro e do Reino Unido surpreenderam positivamente.

O clima na Europa, no entanto, é de cautela após o presidente dos EUA, Donald Trump, cumprir a ameaça de dobrar tarifas sobre importações de aço e alumínio, para 50%, a partir desta quarta. Apenas o Reino Unido, que já fechou um acordo comercial com os EUA, continuará pagando tarifa de 25%.

Na Ásia,  os mercados fecharam em alta, um dia após Wall Street se aproximar um pouco mais de níveis históricos e com o mercado da Coreia do Sul liderando os ganhos diante da vitória do candidato oposicionista na eleição presidencial local.

O índice Kospi saltou 2,66% em Seul, a 2.770,84 pontos. O japonês Nikkei subiu 0,80% em Tóquio, a 37.747,45 pontos, o Hang Seng avançou 0,60% em Hong Kong, a 23.654,03 pontos, e o Taiex garantiu robusto ganho de 2,32% em Taiwan, a 21.618,09 pontos. Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,42%, a 3.376,20 pontos, e o Shenzhen Composto subiu 0,92%, a 1.999,61 pontos.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$  63,52 (+0,17%).

Brent  é negociado a US$ 65,72   (+0,14%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 105.527,25  (-0,75%).

Ouro:

Negociado a US$ 3.349,38  a onça-troy (-0,27%).

Minério de ferro: 

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +1,37%, a 704,50 iuanes (US$ 97,79).

Brasil:

Impostos:  O governo federal decidiu adiar para 25 de junho o início da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 5% sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos de previdência privada do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A medida, anunciada em 23 de maio como parte do pacote de aumento do IOF, estava prevista para entrar em vigor em 4 de junho, mas foi prorrogada por meio de portaria publicada nesta terça-feira (4).

IOF: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, na terça-feira (3), que vai apresentar as medidas alternativas para a elevação do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) anunciada no mês passado, a líderes partidários do Congresso Nacional no próximo domingo (8) antes de anunciá-las oficialmente.

Ronaldo Caiado (União Brasil) avalia que o governo Lula “não deu certo” e “está nos últimos estertores” – a respiração ruidosa característica dos momentos finais de vida. Para Caiado, a questão do IOF – um anúncio de aumento de alíquota pelo governo federal, que depois recuou e agora negocia o aval do Congresso – é sinal de uma gestão mal sucedida. Ele destacou a falta de diálogo por parte do governo com o setor produtivo e com o Congresso antes do primeiro anúncio.

Economia:

✔️ Banco Pan: especulações sobre OPA do BTG, a ação do Banco Pan disparou mais de 6% ontem com o mercado especulando que a incorporação da companhia pelo BTG Pactual pode ocorrer já nos próximos dias. O BTG tem 76,9% das ações do Pan e precisaria fazer uma oferta pelo free float (21,6%), que teria que ser aprovada por dois terços das ações em circulação.

✔️ produção industrial cresceu menos do que o esperado em abril no Brasil, dando sequência a uma tendência de acomodação em ambiente de incertezas externas e juros elevados.

✔️ Pix automático: O Banco Central realiza nesta quarta-feira, 4, evento de lançamento do Pix Automático. A ferramenta entrará em vigor para todos os bancos que possuem Pix no dia 16 de junho e promete reduzir inadimplência em até 30% e deve competir com o débito automático. O Pix já domina os pagamentos no Brasil – e agora ganha versão recorrente. Para empresas, isso significa menos inadimplência. Para consumidores, adeus boletos esquecidos.

✔️ Petróleo: A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (Abpip) afirmou em nota na terça-feira, 3, que vê com preocupação a possível adoção, pelo governo federal, de medidas fiscais com foco específico no setor de exploração e produção de petróleo e gás natural, com o objetivo de gerar arrecadação extraordinária para contribuição ao ajuste fiscal. “A eventual adoção de medidas fiscais sem a devida análise de impacto regulatório, consulta pública e mecanismos de transição adequados, viola o princípio da confiança legítima, colocando em risco centenas de operações produtivas. As consequências são sérias e podem incluir: abandono prematuro de campos, retração de investimentos, perda de postos de trabalho e queda estrutural da arrecadação futura, que representa, em última instância, o oposto do efeito desejado”, afirmou a entidade.

✔️ Motos: As vendas de motos tiveram crescimento de 17,5% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2024. No total, 193,4 mil motocicletas foram comercializadas, conforme balanço divulgado na terça-feira, 3, pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias. Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas de motos tiveram alta de 10,8%, chegando a 849,9 mil unidades, número que supera o total de carros de passeio vendidos no mesmo período: 719,5 mil.

 

Agenda Econômica:

🇩🇪 04h55 – Alemanha: PMI/S&P Global composto de maio (final)
🇪🇺 05h00 – Zona do euro: PMI/S&P Global composto de maio (final)
🇬🇧 05h30 – Reino Unido: PMI/S&P Global composto de maio (final)
🇺🇸 09h15 – EUA: Relatório de emprego da ADP em maio
🇧🇷 10h30 – BC realiza dois leilões de linha
🇺🇸 10h40 – EUA: PMI/S&P Global composto de maio (final)
🇺🇸 11h00 – EUA: PMI/ISM de serviços em maio
🇺🇸 11h30 – EUA: Estoques de petróleo do DoE
🇧🇷 14h30 – BC: Fluxo cambial semanal
🇺🇸 15h00 – EUA: Fed divulga Livro Bege ⚠️
🇨🇳 22h45 – China: PMI/S&P Global composto de maio (final)

Eventos ⚠️
🇺🇸 09h30 – EUA: Raphael Bostic (Fed) faz discurso

 

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,56%, aos 137.546 pontos. O volume de negociação desta quarta foi de R$ 21,6 bilhões, levemente abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões.

Maiores altas do Ibovespa

AZUL4
+8.79%
R$ 0,99
MGLU3
+7.44%
R$ 10,25
CSAN3
+6.09%
R$ 8,54
NTCO3
+5.18%
R$ 10,76
YDUQ3
+5.05%
R$ 16,86

Maiores baixas do Ibovespa

JBSS3
-3.38%
R$ 38,85
RDOR3
-3.04%
R$ 36,30
BEEF3
-1.56%
R$ 5,05
RADL3
-1.39%
R$ 14,17
BRKM5
-1.23%
R$ 10,40

Dólar:

O dólar fechou em baixa de 0,70%, a R$ 5,6358.

IFIX:

O índice fechou em alta de 0,27%, aos 3.454,18 pontos, revertendo a queda do pregão anterior.

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Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)