A Oracle (NYSE:ORCL) anunciou um acordo de serviços em nuvem que poderá render mais de US$ 30 bilhões por ano a partir do ano fiscal de 2028. O contrato sozinho supera quase três vezes o tamanho atual do negócio de infraestrutura em nuvem da empresa, que faturou US$ 10,3 bilhões nos últimos quatro trimestres.
A CEO Safra Catz afirmou que o ano fiscal de 2026 começou com força, impulsionado por vários grandes contratos de nuvem e pelo crescimento de mais de 100% da receita de seu banco de dados executado em plataformas multicloud. As declarações constam em documento regulatório enviado à SEC na segunda-feira (30).
As ações da Oracle chegaram a subir 8,6% na manhã de segunda-feira, atingindo um recorde intradiário, para encerrarem em alta de 3,99%, cotadas a US$ 218,63.
No mês de junho, as ações valorizaram 33,3%, e no trimestre, 83,99%.
A Oracle também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:ORCL34). A BDR subiu 3,10% hoje, e fechou o mês e o trimestre com ganhos de 28,29% e 60,26%, respectivamente.
O otimismo dos investidores reflete a posição da Oracle no setor de computação em nuvem, com destaque para sua atuação em projetos ligados à inteligência artificial.
A empresa é uma fornecedora-chave para empresas que desenvolvem modelos avançados de IA. Segundo a própria Oracle, quatro dos cinco principais fabricantes de modelos de linguagem de grande porte utilizam seus data centers, sendo a Nvidia uma parceira estratégica de peso nesse segmento.
O analista Brad Reback, da Stifel, elevou sua recomendação para as ações da Oracle de “Manter” para “Comprar” e subiu o preço-alvo de US$ 180 para US$ 250. Para ele, a combinação de crescimento na nuvem com controle eficiente de custos pode acelerar o lucro por ação a partir de 2027.
Além do megacontrato, a Oracle anunciou a joint venture Stargate com a OpenAI e SoftBank, e também novas parcerias em IA com IBM e iniciativas nos Emirados Árabes Unidos.