As ações da Regeneron Pharmaceuticals (NASDAQ:REGN) despencaram 19,01% na última sexta-feira (30), após a divulgação de resultados mistos dos estudos de Fase 3 do itepekimab, medicamento experimental desenvolvido com a Sanofi (NASDAQ:SNY) para tratar a DPOC.
As ações da Sanofi também recuaram 5,69%. A Regeneron Pharmaceuticals também é negociada na B3 através da BDR (BOV:REGN34).
Enquanto um dos estudos mostrou redução de 27% nas exacerbações, o outro falhou em atingir o principal objetivo. O fracasso parcial trouxe receios sobre o potencial do itepekimab, que antes era visto como possível gerador de até US$ 5 bilhões em vendas.
Apesar disso, analistas de bancos como Cantor Fitzgerald e Citi seguem positivos. O Cantor reiterou recomendação de “Overweight” nas ações REGN, com preço-alvo de US$ 695, alta de mais de 40% em relação aos níveis atuais. O Citi elevou a classificação para “Buy”.
A Regeneron também reforçou seu portfólio com o licenciamento do HS-20094, um agonista GLP-1/GIP em Fase 3 contra obesidade, por US$ 80 milhões iniciais.
Mesmo com a decepção no itepekimab, a empresa mantém forte presença no tratamento da DPOC por meio do já aprovado Dupixent, co-desenvolvido com a Sanofi. O Dupixent soma seis aprovações do FDA nos EUA e segue gerando receitas robustas.
Do ponto de vista financeiro, a Regeneron apresentou US$ 14,2 bilhões em receita e US$ 4,4 bilhões em lucro líquido em 2024, com margem líquida de 27%. Com múltiplo preço/lucro inferior a 13, as ações são vistas como descontadas frente ao histórico do setor.