Com o apoio do Conselho Federal, a Suíça aprovou um projeto de lei que permitirá o compartilhamento automático de informações sobre criptomoedas com 74 países a partir de 2026, seguindo as diretrizes da OCDE sob o Crypto-Asset Reporting Framework (CARF).

A iniciativa exige que exchanges e carteiras cripto adotem infraestrutura compatível com padrões internacionais de reporte fiscal.

Empresas suíças como AML-Compliance, Sumsub, Merkle Science e Mt Pelerin já estão se preparando, oferecendo soluções de KYC/AML, criptografia de dados e monitoramento de transações que atendem aos requisitos do CARF.

Com isso, a Suíça está se posicionando na revolução regulatória e amplia a atratividade como centro global de compliance em cripto reforçando a transparência.

O “Crypto Valley” suíço, com sede em Zug, já permite o pagamento de impostos em Bitcoin e serve como modelo para integração real entre criptoativos e instituições públicas.

Estima-se que o mercado global de conformidade cripto ultrapasse US$ 50 bilhões até 2030, com crescimento anual de 18%.

Empresas suíças bem posicionadas podem capturar até 70% desse mercado, com soluções escaláveis, modulares e integradas com sistemas tributários internacionais, como as da Sumsub e Bitcoin Swiss.


A oportunidade é promissora, mas exige seletividade, e riscos permanecem.

A fragmentação regulatória entre regiões, como exemplo a DAC8 da UE e as limitações do GDPR, exigirá que as empresas se adaptem a legislações locais específicas.

Atrasos na adoção do CARF por parte de países-chave também podem limitar o ritmo de expansão global dessas soluções.

Investidores devem buscar empresas com bom histórico regulatório e tecnologia escalável. A primeira troca de dados é prevista para 2027, sendo os próximos 18 meses decisivos para definir os líderes desse mercado de conformidade em cripto.