A XP Investimentos elevou a recomendação para as ações da Minerva para compra, destacando o papel como sua Top Pick (preferida) no setor. Por outro lado, o preço-alvo foi reduzido de R$ 8,40 para R$ 7,90 por ação, após a conclusão da oferta de capital e a atualização do modelo proprietário de oferta e demanda para proteínas.
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O time de análise da XP reconhece que o cenário otimista envolve riscos — especialmente em função do atual perfil de alavancagem da companhia —, mas afirma que suas análises de sensibilidade sustentam uma visão construtiva.
Em sua avaliação, o valuation da Minerva apresenta uma relação risco-retorno atrativa, com as ações negociando a 4,5 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025, abaixo da média histórica de aproximadamente 5,0 vezes, além de oferecer um rendimento de fluxo de caixa (FCF yield) de 15,1% para 2026.
A XP destaca ainda que a Minerva (BOV:BEEF3) é o único nome em sua cobertura de Agronegócio e Alimentos e Bebidas que combina fundamentos favoráveis de oferta e demanda com uma trajetória de crescimento de lucros, impulsionada pela expansão dos ativos recentemente adquiridos. O papel também se mostra bem posicionado dentro do atual cenário macroeconômico, que antecipa cortes nas taxas de juros nos próximos anos.
A casa espera um acelerado momentum de lucros nos próximos trimestres, sustentado por: (i) expansão das plantas recém-adquiridas, com crescimento em volume e preço, com premissas conservadoras; (ii) perspectiva favorável de oferta e demanda global por proteínas, impulsionada por um déficit global; e (iii) melhora nas exportações, com preços ganhando força — na última semana, 11,8% acima da média de março.
Segundo a XP, a atualização do balanço proprietário de oferta e demanda aponta para uma disponibilidade de gado melhor do que o esperado no segundo semestre de 2025, o que deve contribuir positivamente para as margens da companhia à medida que o ramp-up avança.
Apesar dos riscos, como a execução do ramp-up, variações cambiais e de juros, as simulações feitas indicam uma assimetria positiva em termos de valuation e lucros. Mesmo em um cenário adverso, a XP estima a ação sendo negociada a 4,9 vezes EV/Ebitda em 2025 e com yield de FCF de 9,2% em 2026 — o que, embora menos atrativo, reforça a avaliação de que a relação risco-retorno permanece favorável.