A Brava Energia informou que foi arquivado na sede da Companhia, Acordo de Acionistas com o objetivo de regular o exercício do direito de voto e o modo de transferência das ações de emissão da BRAVA detidas pelos signatários do referido acordo.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:BRAV3) nesta quarta-feira (23).
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A Brava Energia comunicou que foi firmado um acordo de acionistas entre os grupos Somah Printemps Quantum, os Fundos Jive e Yellowstone, que juntos possuem 20,82% do capital da companhia. O objetivo do acordo é estabelecer regras para o exercício do direito de voto e a negociação das ações, priorizando práticas de governança, estratégias de crescimento sustentável e a criação de valor no longo prazo.
Segundo a correspondência enviada à empresa, os signatários afirmam compartilhar uma visão convergente sobre o desenvolvimento sustentável da BRAVA e sua geração de valor no longo prazo. O grupo também se compromete a colaborar de forma construtiva com a trajetória de crescimento e eficiência da companhia, respeitando os princípios de boa governança corporativa.
VISÃO DO MERCADO
O Bradesco BBI avaliou de forma positiva o novo acordo de acionistas firmado entre Queiroz Galvão, Jive e Yellowstone na Brava Energia (BRAV3), destacando que o documento reforça o alinhamento estratégico entre os sócios, com foco na geração de caixa e na possibilidade de distribuição de dividendos. Juntos, os signatários reúnem 96,7 milhões de ações ordinárias, representando 20,82% do capital social da companhia. Por volta das 11h14, os papéis da Brava registravam leve queda de 0,31%, cotados a R$ 19,12.
O acordo, válido até 31 de julho de 2028, estabelece ainda uma restrição à venda de ações pelos signatários até 30 de junho de 2026. O grupo também manifestou compromisso com o desenvolvimento sustentável da empresa e com a geração de valor no longo prazo.
Apesar da visão positiva, o Bradesco BBI apontou que a ausência de adesão por parte da Maha Energy e do próprio Bradesco (BBDC4) ao acordo pode levantar dúvidas sobre eventuais movimentações futuras, como a venda de suas participações. Ainda assim, o banco acredita que a fatia da Maha poderia ser absorvida por uma operação em bloco ou por outros acionistas relevantes.
Já a Genial Investimentos interpreta o acordo como um movimento em direção à consolidação de uma base acionária mais coesa e alinhada com os objetivos de longo prazo da companhia. Para a corretora, a coordenação de votos entre acionistas com princípios comuns tende a fortalecer a estabilidade da governança da Brava. No entanto, avalia que, a princípio, a formação desse bloco não deve gerar impactos significativos.