O dólar à vista encerrou esta sexta-feira (25) em alta frente ao real e também diante das principais moedas no exterior, em meio às preocupações com a possível imposição de tarifas pelos Estados Unidos ao Brasil. A moeda americana alcançou sua máxima do dia no início da tarde, após a Bloomberg informar, com base em fontes ligadas ao governo Trump, que a Casa Branca estuda um novo embasamento legal para aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Como a balança comercial entre Brasil e EUA é superavitária para os americanos — ou seja, os EUA exportam mais do que importam —, o modelo jurídico aplicado em outros países, que registram déficit comercial, não cabe para o caso brasileiro. Por isso, o governo dos EUA estaria preparando uma declaração de emergência para justificar a adoção dessa tarifa.

No fechamento do mercado, o dólar à vista subiu 0,76%, sendo negociado a R$ 5,5619, após oscilar entre R$ 5,5215 e R$ 5,5741 durante o dia. Apesar do avanço no pregão, acumulou recuo de 0,46% na semana. Por volta das 17h07, o dólar futuro com vencimento em agosto registrava alta de 0,69%, cotado a R$ 5,5680.

No cenário internacional, o índice DXY — que acompanha a performance do dólar em relação a uma cesta de moedas — avançava 0,32%, alcançando 97,686 pontos. O euro perdeu 0,09%, sendo cotado a US$ 1,1740, enquanto a libra esterlina recuou 0,57%, valendo US$ 1,3432.

Depois de fechar com leve queda na quinta-feira, o dólar operava em alta nesta sexta-feira, enquanto investidores assimilam dados econômicos locais e dos EUA, além de monitorar as notícias sobre as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, subiu 0,33% em julho, acelerando em relação aos 0,26% registrados em junho. Esse resultado ficou ligeiramente acima da expectativa do mercado, que previa alta de 0,30% segundo o consenso Reuters.

A próxima semana será marcada por decisões importantes sobre as taxas de juros, com reuniões do Federal Reserve (Fed), do Banco Central do Brasil, do Banco do Japão e do Banco do Canadá, além da divulgação do relatório de empregos (payroll) nos EUA e dos balanços de grandes empresas como Amazon, Apple, Meta e Microsoft.

A expectativa é que tanto o Fed quanto o Comitê de Política Monetária do Brasil (Copom) mantenham as taxas de juros estáveis. Ainda assim, o mercado estará atento aos comunicados pós-reunião, em busca de sinais sobre os rumos das próximas decisões.

No campo político, o ambiente nos Estados Unidos também influencia, especialmente após o presidente Donald Trump intensificar suas críticas ao Fed, pressionando por cortes nas taxas de juros. Esse posicionamento gerou novo atrito com Jerome Powell, presidente do banco central, durante visita oficial à instituição na quinta-feira.

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Data Compra Venda Variação Variação
1/7/2025 5,4604 5,461 0,51% 0,0275
 2/7/2025 5,42 5,4206 -0,74% -0,0404
3/7/2025 5,4043 5,4049 -0,29% -0,0157
4/7/2025 5,4236 5,4242 0,36% 0,0193
7/7/2025 5,4771 5,4777 0,99% 0,0535
8/7/2025 5,4447 5,4453 -0,59% -0,0324
9/7/2025 5,5026 5,5032 1,06% 0,0579
10/7/2025 5,542 5,5426 0,72% 0,0394
11/7/2025 5,5468 5,5479 0,1% 0,0053
14/7/2025 5,5831 5,5837 0,65% 0,0358
15/07/2025 5,5579 5,558 -0,46% -0,0257
16/07/2025 5,5612 5,5613 0,06% 0,0033
17/07/2025 5,5461 5,5467 -0,26% -0,0146
18/07/2025 5,5863 5,5874 0,73% 0,0407
21/07/2025 5,5638 5,5644 -0,41% -0,023
22/07/2025 5,5663 5,5669 0,04% 0,0025
23/07/2025 5,5222 5,5223 -0,8% -0,0446
24/07/2025 5,5187 5,5198 -0,05% -0,0025
25/07/2025 5,5612 5,5613 0,75% 0,0415

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🇧🇷 – US$ 1 = R$ 5,55

🇪🇺 – US$ 1 = €$ 0,85

🇬🇧 – US$ 1 = £$ 0,74

(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)