O dólar à vista terminou a sexta-feira em alta moderada diante do real, corrigindo parte das perdas acumuladas pela moeda americana ao longo da semana. A sessão foi marcada pela baixa liquidez, devido ao feriado nos EUA, que afastou boa parte dos investidores estrangeiros do mercado.

A revisão para baixo da expectativa do MDIC para o superávit da balança comercial neste ano, de US$ 70,2 bilhões par US$ 50,4 bilhões, não chegou a fazer preço no câmbio. O mercado também não reagiu às sinalizações de Lula, Haddad e Motta sobre uma possível reconciliação na questão do IOF, nem à decisão do ministro Alexandre de Moraes de chamar governo e Congresso para conversarem sobre o tema.

O dólar à vista fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,4248, após oscilar entre R$ 5,4030 e R$ 5,4263. Na semana, a moeda caiu 1,06%. Às 17h04, o dólar futuro para agosto subia 0,20%, a R$ 5,4590.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,19%, para 97,000 pontos. O euro subia 0,17%, a US$ 1,1776. E a libra operava estável, a US$ 1,3650.

O que aconteceu com dólar hoje?

Nesta sessão, investidores pareciam estar realizando ajustes em suas posições em meio aos patamares relativamente baixos atingidos pela divisa norte-americana nos últimos dias. Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,27%, a R$5,4047, na menor cotação desde 24 de junho de 2024.

Os movimentos da moeda brasileira ocorriam na esteira da baixa volatilidade do dólar no exterior devido ao fechamento dos mercados norte-americanos no feriado do Dia da Independência.

Com poucos fatores para influenciar os negócios neste pregão, os investidores digeriam comentários de autoridades brasileiras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de evento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Brics, pela manhã no Rio de Janeiro.

Mais tarde, o presidente ainda estará presente na cerimônia de retomada de grandes investimentos da Petrobras na Reduc, em Duque de Caxias, às 11h30.

Ainda na cena nacional, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão dos efeitos tanto do decreto do governo que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), quanto do decreto legislativo que derrubava a medida. A decisão visa frear a escalada de tensão entre os Poderes e abre espaço para uma tentativa de mediação institucional.

Além de paralisar os efeitos práticos dos atos, Moraes convocou uma audiência de conciliação entre representantes do Executivo e do Legislativo para o dia 15 de julho, no plenário do STF, em Brasília. Os dois lados terão cinco dias para prestar esclarecimentos formais sobre os fundamentos que embasaram suas decisões.

No exterior, os mercados devem continuar monitorando as discussões comerciais dos EUA com seus parceiros, à medida que se aproxima o prazo de 9 de julho para que países fechem acordos comerciais a fim de evitar a imposição de tarifas mais altas.

Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Washington começará a enviar cartas aos parceiros nesta sexta especificando as taxas tarifárias que eles terão de pagar sobre as exportações, uma clara mudança em relação às promessas anteriores de fechar dezenas de acordos individuais.

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Data Compra Venda Variação Variação
1/7/2025 5,4604 5,461 0,51% 0,0275
 2/7/2025 5,42 5,4206 -0,74% -0,0404
3/7/2025 5,4043 5,4049 -0,29% -0,0157
4/7/2025 5,4236 5,4242 0,36% 0,0193

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🇧🇷 – US$ 1 = R$ 5,42

🇪🇺 – US$ 1 = €$ 0,84

🇬🇧 – US$ 1 = £$ 0,73

(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)