A Ericsson (NASDAQ:ERIC) registrou lucro líquido de 4,6 bilhões de coroas suecas no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de 11 bilhões de coroas no mesmo período do ano anterior. A empresa destacou no balanço ganhos com licenciamento de propriedade intelectual, impulsionados por um acordo com a Lenovo, que contribuíram para esse resultado positivo.
Apesar da recuperação no lucro, a receita líquida caiu 6%, totalizando 56,1 bilhões de coroas, abaixo da expectativa média de analistas de 59,3 bilhões. A forte valorização da coroa sueca frente ao dólar americano, principal moeda de receita, teve impacto negativo de 5 bilhões de coroas no trimestre.
A Ericsson alertou que o crescimento sazonal das vendas de redes móveis no terceiro trimestre ficará abaixo da média histórica de 3%, sinalizando continuidade da fraqueza no setor.
Houve melhora operacional, com a margem bruta ajustada subindo para 48%, ante 43,9% no segundo trimestre de 2024. A margem EBITA ajustada atingiu 13,2%.
As vendas nas Américas cresceram 10%, e a Europa mostrou leve expansão, enquanto a queda na Índia, atribuída à suspensão temporária de investimentos em 5G, afetou negativamente o desempenho geral. O crescimento orgânico trimestral foi de 2%.
O fluxo de caixa livre antes de fusões e aquisições caiu para 2,6 bilhões de coroas, frente a 7,6 bilhões no mesmo período do ano passado, devido à menor liberação de capital de giro. Ainda assim, o caixa líquido cresceu 174% em 12 meses, atingindo 36 bilhões de coroas.
O CEO Börje Ekholm afirmou que a empresa seguirá investindo em inteligência artificial e infraestrutura 5G autônoma, elementos considerados essenciais para suportar o crescimento de tráfego e aplicações com baixa latência. A Ericsson também reforçou seu foco na expansão do ecossistema de APIs de rede e no aumento da eficiência operacional.
As ações da empresa negociadas em Nova York perderam mais de 6% na manhã de terça-feira, 15 de julho de 2025. A Ericsson também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:E1RI34).