O Ibovespa fechou em leve alta nesta quarta-feira, após um dia marcado pela volatilidade. O alívio veio do cenário externo, com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negando que pretende demitir Jerome Powell do comando do Federal Reserve antes do fim do mandato, em maio de 2026.
Antes da negativa oficial, rumores sobre a possível mudança no Fed chegaram a derrubar os índices em Wall Street. Por aqui, além do impacto externo, os investidores também acompanharam o aumento das discussões em torno das eleições de 2026.
O Ibovespa encerrou com ganho de 0,19%, aos 135.510 pontos. O volume negociado foi de R$ 15,3 bilhões, abaixo da média dos últimos 50 dias, de R$ 16,3 bilhões.
No mercado de juros, os vértices da curva fecharam em alta de até 8 pontos-base. O trecho mais longo chegou a testar as máximas do dia após a notícia de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, pretende oficiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre suspeitas de participação em uma reunião em Brasília para discutir uma “minuta golpista”.
No câmbio, o dólar futuro subiu 0,11%, cotado a R$ 5,580. Já o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a outras divisas, recuou 0,25%, aos 98,3 pontos.
Durante sessão no Supremo, Moraes afirmou que pedirá esclarecimentos a Tarcísio sobre a declaração do advogado de Filipe Martins, que indicou que o governador pode ter participado da mesma reunião no Palácio da Alvorada em que a minuta foi debatida.
A notícia gerou reação imediata nos mercados. O Ibovespa chegou a inverter o sinal e os juros futuros passaram a operar em suas máximas intradiárias.
No cenário internacional, a tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos também segue no radar. Na terça-feira, o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) anunciou a abertura de investigação contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais, acusando o país de dificultar o acesso de exportadores americanos ao mercado local.
No campo político, a pesquisa Genial/Quaest trouxe uma melhora na avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação subiu para 43% em julho, contra 40% em maio. Já a desaprovação caiu de 57% para 53%.
Segundo Felipe Nunes, CEO da Quaest, o embate entre Lula e Trump pode ter influenciado essa mudança. O confronto ganhou força após a divulgação de uma carta de Trump ameaçando impor tarifas de até 50% ao Brasil a partir de agosto.
Ainda segundo a pesquisa, 28% dos entrevistados consideram o governo “positivo”, ante 26% em maio. Já os que o veem como “negativo” recuaram de 43% para 40%. A avaliação “regular” permaneceu estável em 28%.
Sobre a economia, 46% disseram que ela piorou nos últimos 12 meses — número levemente melhor do que os 48% da pesquisa anterior. Para 30%, a situação econômica se manteve igual, enquanto 21% acreditam que melhorou, frente aos 18% de maio.
No noticiário corporativo, os analistas destacaram o desempenho das ações da Ambev, que subiram após a Heineken anunciar aumento no preço das cervejas no Brasil. Em relação às recomendações, o Goldman Sachs rebaixou a Usiminas para “neutra”, enquanto o JP Morgan reduziu o preço-alvo do Banco do Brasil, em meio à expectativa pelos resultados do segundo trimestre.
Entre os papéis que mais contribuíram positivamente para o Ibovespa estiveram Vale ON (+0,91%), Weg ON (+3,66%) e Ambev ON (+3,09%).
Nas maiores altas percentuais do dia, destaque para GPA ON, com valorização de 10,66%, seguida por Weg (+3,66%) e RD Saúde (+3,29%).
Do lado oposto, Usiminas PNA liderou as quedas, com baixa de 4,52%, acompanhada por Braskem (-4,51%) e Embraer ON (-3,86%).
Nos mercados internacionais de commodities, o petróleo Brent fechou em leve queda de 0,15%, cotado a US$ 68,61 por barril. A movimentação refletiu os dados de estoques nos EUA, que recuaram 3,86 milhões de barris, bem acima da estimativa de 1,8 milhão.
Já o minério de ferro fechou em alta de 1,05% em Dalian. O movimento foi sustentado pelos dados do PIB da China, que vieram melhores que o esperado no segundo trimestre, e pela queda nos estoques nos portos chineses.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/07/2025 | 0,50% | 139.549,43 | R$ 17 bilhões |
02/07/2025 | -0,36% | 139.050,93 | R$ 24,0 bilhões |
03/07/2025 | 1,35% | 140.927,86 | R$ 16,4 bilhões |
04/07/2025 | 0,24% | 141.263,56 | R$ 8,9 bilhões |
07/07/2025 | -1,26% | 139.489,70 | R$ 17,0 bilhões |
08/07/2025 | -0,13% | 139.302,85 | R$ 18,4 bilhões |
09/07/2025 | -1,31% | 137.480,79 | R$ 22,2 bilhões |
10/07/2025 | -0,54% | 136.743,26 | R$ 26,2 bilhões |
11/07/2025 | -0,41% | 136.187,31 | R$ 19,3 bilhões |
14/07/2025 | -0,65% | 135.298,99 | R$ 18,7 bilhões |
15/07/2025 | -0,04% | 135.250,10 | R$ 18,1 bilhões |
16/07/2025 | 0,19% | 135.510,99 | R$ 20,4 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Alupar (ALUP11)
A Alupar Investimentos informou que sua controlada Empresa Litorânea de Transmissão de Energia (ELTE), da qual detém 100% do capital social, recebeu do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, os Termos de Liberação Definitivos – TLDs referentes ao trecho do litoral norte correspondentes, em conjunto, a uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 30,1 milhões (ciclo tarifário 2024/2025). Saiba mais…
Aura Minerals (AURA33)
A mineradora de ouro Aura Minerals precificou sua oferta pública inicial de distribuição de 8.100.510 ações ordinárias nos Estados Unidos, a um preço de US$ 24,25 por ação ordinária, totalizando US$ 196,4 milhões, equivalente a R$ 1,091,6 bilhão. Saiba mais…
Camil (CAML3)
A Camil Alimentos registrou lucro líquido de R$ 66,0 milhões no primeiro trimestre de 2025, queda de 15,9% em relação ao mesmo período de 2024. Saiba mais…
Helbor (HBOR3)
A Helbor registrou vendas brutas totais de R$ 467,0 milhões, queda de 12,2% em relação ao mesmo período de 2024 e redução de 24,5% frente ao primeiro trimestre de 2025. Saiba mais…
Neoenergia (NEOE3)
A Neoenergia divulgou que a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Neoenergia Coelba) assinou contrato de financiamento com o Banco Europeu de Investimentos (BEI). Saiba mais…
Randoncorp (RAPT4)
O Conselho de Administração da Randoncorp aprovou um aumento de capital privado entre R$ 76,2 milhões e R$ 200 milhões, por meio da emissão de novas ações ordinárias e preferenciais. Saiba mais…
Romi (ROMI3)
A Romi registrou lucro líquido de R$ 16,4 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), queda de 47,2% na comparação anual, mas alta de 62,3% em relação ao primeiro trimestre de 2025. Saiba mais…
Trisul (TRIS3)
A Trisul registrou vendas brutas de R$ 318,3 milhões e vendas líquidas de R$ 284,7 milhões no segundo trimestre de 2025. Saiba mais…
Valid (VLID3)
A Valid assinou contrato de financiamento de longo prazo com a Financiadora de Estudos e Projetos – Finep, cujos recursos serão utilizados no desenvolvimento do seu Plano Estratégico de Inovação de Governo Digital. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)