A Petrobras pode alterar a rota de parte de suas exportações de petróleo, atualmente destinadas aos Estados Unidos, para países da Ásia e da região Ásia-Pacífico. A possibilidade foi levantada pela presidente da companhia, Magda Chambriard, após o anúncio de tarifas mais altas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

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Apesar de os EUA serem um dos destinos das exportações brasileiras de petróleo e gás, Chambriard afirmou que o mercado norte-americano não é indispensável para a estatal.

“A gente exporta pouco para os Estados Unidos. Não é motivo de preocupação, é possível realocar os embarques”, declarou à Reuters, em sua primeira manifestação pública sobre a tarifa de 50% anunciada pelo presidente Donald Trump na semana passada.

No primeiro trimestre deste ano, apenas 4% das exportações de petróleo da Petrobras foram direcionadas aos EUA. Segundo a consultoria StoneX, o Brasil também representa menos de 3% do petróleo consumido pelos norte-americanos em 2025 — o que indica que uma eventual interrupção não causaria impactos relevantes ao mercado dos EUA.

As novas tarifas, previstas para entrar em vigor em 1º de agosto, ainda geram dúvidas quanto à inclusão do petróleo bruto — que, até então, estava isento da taxa de 10% aplicada anteriormente por Trump. No caso dos derivados, a Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) exportou 37% do total de 209 mil barris diários para os EUA no primeiro trimestre, mas analistas consultados pela Reuters avaliam que esses volumes também podem ser facilmente redirecionados para outros mercados.