A Southwest Airlines (NYSE:LUV) divulgou lucros e receitas abaixo do esperado no segundo trimestre de 2025, impactada por uma demanda doméstica enfraquecida e pelo aumento da concorrência em preços.
As ações recuavam 12,5% em verificação realizada no período da tarde de quinta-feira, 24 de julho de 2025. A Southwest Airlines também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:S1OU34).
A companhia aérea reportou lucro ajustado de US$ 230 milhões, ou US$ 0,43 por ação, abaixo dos US$ 0,51 estimados pelo consenso da LSEG.
A receita total da empresa ficou em US$ 7,24 bilhões no período, levemente abaixo das expectativas de US$ 7,3 bilhões e com queda anual de 1,5%.
receita unitária por milha por assento disponível caiu 3% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 14,10.
Em meio à incerteza econômica, a companhia revisou drasticamente para baixo sua meta de lucro antes de juros e impostos (EBIT) para 2025, agora estimado entre US$ 600 milhões e US$ 800 milhões, menos da metade da projeção anterior de US$ 1,7 bilhão.
Com concorrentes Delta e United focando em viajantes premium e rotas internacionais, a Southwest, mais exposta ao mercado doméstico e sensível a preços, segue pressionada a se reinventar.
A Southwest já iniciou mudanças em seu modelo de negócios: passou a cobrar por bagagens despachadas, lançou tarifas econômicas básicas e anunciou assentos designados a partir de 2026.
A receita com bagagens superou expectativas, mas o lançamento das tarifas restritivas gerou queda na receita unitária de cerca de 0,5 ponto percentual no trimestre.
A companhia prevê que essa pressão continue no terceiro trimestre, com a receita por assento-milha variando entre uma queda de 2% e uma alta de 2%.
Projeta aumento de até 5,5% nos custos operacionais não relacionados a combustível. A capacidade de assentos, porém, deve se manter estável em relação ao ano anterior.
A empresa anunciou um novo programa de recompra de ações de US$ 2 bilhões, com execução prevista em até dois anos.