A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (NYSE:TSM) reportou lucro líquido recorde de NT$ 398,27 bilhões (US$ 13,5 bilhões) no segundo trimestre de 2025, um salto de 60,7% em relação ao ano anterior. A receita também cresceu 38,6%, atingindo NT$ 933,8 bilhões, superando as projeções dos analistas.

As ações da empresa negociadas em NY subiam 4,1% em verificação feita na tarde de quinta-feira (17). A TSMC também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:TSMC34), que simultaneamente subia 4,2%, para R$ 171,90.

O crescimento foi impulsionado pela forte demanda por chips de inteligência artificial e computação de alto desempenho (HPC), que agora respondem por 60% das receitas da companhia. Isso representa uma expansão frente aos 52% registrados no mesmo período de 2024. A TSMC fornece semicondutores para gigantes como Nvidia, Apple, AMD e Google.

As tecnologias avançadas (com litografias de 7 nm ou menores) representaram 74% da receita total de wafers. Só os chips de 3 nm responderam por 24% do faturamento. Esses nós mais sofisticados permitem maior eficiência energética e potência, fundamentais para a corrida por infraestrutura de IA.


A empresa projetou receita entre US$ 31,8 bilhões e US$ 33 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um crescimento anual de até 40%. Para o ano completo, a expectativa é de alta de 30% em dólares americanos, acima da previsão anterior de 20%, apoiada no avanço contínuo da IA.

Apesar dos resultados positivos, a TSMC alertou para riscos no segundo semestre, como as tarifas comerciais dos EUA. O presidente norte-americano Donald Trump ameaça impor tarifas de até 32% sobre produtos vindos de Taiwan, e a empresa teme impactos nas vendas futuras, principalmente no quarto trimestre.

Outros desafios incluem a valorização do dólar taiwanês, que subiu mais de 11% no ano e deve pressionar as margens. A TSMC prevê queda da margem bruta para entre 55,5% e 57,5% no terceiro trimestre, frente aos 58,6% registrados no segundo.

Ainda assim, a TSMC mantém seu plano de investir entre US$ 38 bilhões e US$ 42 bilhões em 2025, incluindo a expansão de fábricas nos EUA, Japão e Alemanha.

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