As projeções do mercado para a inflação em 2025 voltaram a cair pela décima terceira semana consecutiva, conforme mostrou o Relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (25). A estimativa para o IPCA recuou de 4,95% para 4,86%, reforçando o movimento de revisão baixista.
A mediana das projeções para o câmbio em 2025 também foi ajustada, passando de R$ 5,60 para R$ 5,59 (FX:USDBRL). Já a projeção para o crescimento do PIB diminuiu de 2,21% para 2,18%.
Inflação
Para 2026, a projeção de inflação medida pelo IPCA caiu de 4,40% para 4,33%. Para 2027, houve uma redução de 4,00% para 3,97%, enquanto 2028 manteve-se em 3,80%.
No caso do IGP-M, as expectativas para 2025 recuaram de 1,13% para 1,04%, e para 2026 a projeção passou de 4,32% para 4,27%. Já em 2027, a estimativa ficou em 4%, enquanto em 2028 houve ligeira alta de 3,96% para 3,98%.
Em relação aos preços administrados dentro do IPCA, a mediana das projeções para 2025 caiu de 4,72% para 4,70%. Para 2026, houve ajuste de 4,18% para 4,00%. Em 2027, a estimativa seguiu em 4,00%, e em 2028, caiu de 3,71% para 3,65%.
Câmbio
As projeções para o câmbio também sofreram revisões: para 2026, caíram de R$ 5,70 para R$ 5,64; em 2027, de R$ 5,70 para R$ 5,63; e em 2028, de R$ 5,70 para R$ 5,60.
PIB
A mediana das projeções para o PIB de 2026 recuou de 1,87% para 1,86%. Para 2027, permaneceu em 1,87%, e para 2028 continuou em 2,00%, patamar mantido há 76 semanas.
Selic
No caso da taxa Selic, o Focus mostrou estabilidade. A projeção para 2026 ficou em 12,50%, para 2027 permaneceu em 10,50% e para 2028 seguiu em 10,00%, nível que se mantém inalterado há 35 semanas.
impactos no mercado
As revisões baixistas do Relatório Focus podem influenciar diretamente o comportamento dos ativos negociados na B3. Uma inflação menor tende a reduzir a pressão sobre os juros futuros (BMF:DI1FUT), o que pode favorecer empresas sensíveis ao crédito, além de sustentar um ambiente mais positivo para o contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT). Já o ajuste no câmbio tende a afetar exportadoras e importadoras, com reflexos tanto em ações listadas na B3 quanto na taxa de câmbio dólar/real (FX:USDBRL).