Companhia de alimentos fechou o trimestre com lucro de R$ 735 milhões, receita de R$ 15,36 bilhões e alavancagem de apenas 0,43x
A BRF S.A. (BOV:BRFS3), gigante brasileira do setor de alimentos, registrou lucro líquido de R$ 735 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 32,8% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar da retração no resultado final, a companhia atingiu um marco importante: sua menor alavancagem histórica, de apenas 0,43 vez, impulsionada por forte geração de caixa e redução de 47% na dívida líquida, que fechou o período em R$ 4,735 bilhões.
O desempenho do trimestre reflete um cenário misto. De um lado, a receita líquida avançou 2,9% na base anual, atingindo R$ 15,365 bilhões, com destaque para o segmento Brasil, que cresceu 17,6% e alcançou R$ 8,08 bilhões, beneficiado por aumento de preços e maior participação de produtos processados. Do outro, a queda de 4,7% na receita internacional e recuo de 4,5% no Ebitda ajustado mostram os desafios externos, especialmente no mercado global de proteínas, onde margens ainda enfrentam pressão.
O Ebitda ajustado consolidado somou R$ 2,502 bilhões, com margem de 16,3%, recuo de 1,6 ponto percentual em um ano. No Brasil, a margem foi de 16,4%, enquanto no exterior chegou a 17,3%, apoiada por ganhos de eficiência e 11 novas habilitações para exportações, incluindo Argentina e Canadá, totalizando 198 desde 2022. A companhia comercializou 1,228 milhão de toneladas de produtos, queda de 1,3% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
“O endividamento regrediu para R$ 4,7 bilhões, a alavancagem fechou o semestre em 0,43x, menor nível histórico, e a geração de caixa livre segue suportando nossos planos de crescimento global de forma sustentável”, destacou Fábio Mariano, vice-presidente de Finanças e RI da BRF.
A BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo, atuando na produção e comercialização de carnes de frango, peru, suínos e bovinos, além de processados, margarinas e outros produtos. Proprietária de marcas como Sadia e Perdigão, a companhia está presente em mais de 140 países e compete com gigantes do setor de proteína animal, como JBS (BOV:JBSS3) e Marfrig (BOV:MRFG3).
Apesar da queda no lucro, a redução recorde na dívida e a expansão no mercado doméstico reforçam a resiliência da BRF frente aos desafios globais. Para acompanhar a cotação em tempo real, indicadores e últimas notícias da BRFS3, acesse as ferramentas da ADVFN.