Lucro da varejista C&A cresce 138,9% no segundo trimestre, impulsionado por vendas em vestuário, controle de despesas e alienação de portfólio financeiro; Ebitda ajustado sobe quase 30%, enquanto capex salta quase 100% e dívida cai 73%

Data e hora da publicação: 06/08/2025 | às 19h30

A C&A (BOV:CEAB3) voltou ao azul no segundo trimestre de 2025, registrando lucro líquido de R$ 200,3 milhões — alta de 138,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O resultado robusto reflete a combinação de aumento de vendas, especialmente no segmento vestuário, aprimoramento operacional e o encerramento de um importante capítulo envolvendo serviços financeiros, que favoreceu a geração de caixa e a estruturação do balanço.

O Ebitda ajustado (pré-IFRS 16) atingiu R$ 315,9 milhões, expansão de 29,8% frente ao 2T24, acompanhado por elevação da margem Ebitda em 2,1 pontos percentuais, para 15,3%.

A receita líquida consolidada somou R$ 2,058 bilhões, alta de 12,4%, com o setor de vestuário contribuindo com R$ 1,7 bilhão em vendas — crescimento de 17,4%.

Êxito na gestão de estoques e eficiência no ciclo de conversão de caixa elevaram o fluxo de caixa livre ajustado para R$ 185 milhões, crescimento de 192% em 12 meses.

A companhia concluiu o processo de desinvestimento na carteira legado da parceria com Bradescard e Bradesco, recebendo R$ 650,6 milhões pela recompra dos direitos e R$ 170 milhões pela alienação dos ativos remanescentes.

Os investimentos (capex) cresceram 95,8%, somando R$ 111 milhões no período, com destaque para reformas de sete lojas e a inauguração de uma nova unidade em Valinhos/SP. A C&A encerrou o trimestre com 333 lojas em operação.

A dívida líquida caiu 73% em relação ao 2T24, para R$ 286,6 milhões, reduzindo a alavancagem (dívida líquida/Ebitda ajustado) para apenas 0,3 vezes. A companhia destacou que essa melhora fortalece sua estrutura de capital e dá base para investimentos estratégicos sustentáveis.

A C&A (BOV:CEAB3) é uma das principais varejistas de moda do Brasil, com forte presença no vestuário e um mix diversificado de produtos. Desde seu IPO em 2019, tem apostado na expansão de lojas físicas, eficiência digital e reposicionamento de marca. Concorrentes incluem líderes como Lojas Renner (BOV:LREN3).