A confiança das construtoras norte-americanas em relação às casas unifamiliares recém-construídas voltou a mostrar fraqueza em agosto, segundo o Índice do Mercado Imobiliário (HMI) da Associação Nacional de Construtores de Moradias (NAHB)/Wells Fargo, divulgado nesta segunda-feira (18/08). O indicador caiu para 32 pontos, um recuo de 1 ponto em comparação à leitura revisada de julho, de 33 pontos.
No HMI, qualquer resultado abaixo de 50 sinaliza que mais construtoras avaliam as condições como ruins do que como boas. Com o nível atual, o sentimento negativo já se estende por 16 meses consecutivos, mostrando estabilidade em patamares historicamente baixos, entre 32 e 34 pontos, desde maio.
De acordo com o relatório, “as taxas elevadas de hipotecas, o fraco tráfego de compradores e os desafios contínuos do lado da oferta continuaram a prejudicar a confiança dos construtores em agosto”.
Essa persistente fragilidade na confiança do setor imobiliário pode influenciar diretamente as ações de empresas ligadas à construção civil e ao crédito imobiliário listadas no mercado norte-americano. Com juros elevados e menor demanda, papéis de construtoras tendem a enfrentar maior volatilidade, enquanto empresas do setor financeiro podem sentir impactos nos volumes de financiamento habitacional.
No cenário mais amplo, o dado reforça a pressão sobre o mercado de ações dos Estados Unidos, podendo pesar sobre índices como o Dow Jones (DOWI:DJI), S&P 500 (SPI:SP500) e Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX), além de influenciar o mercado de títulos do Tesouro norte-americano e a paridade do dólar frente a outras moedas, como o Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL).
Embora o índice esteja em patamar estável nos últimos meses, sua manutenção em território negativo reforça a preocupação dos investidores quanto à recuperação do setor imobiliário norte-americano. Esse sinal de fraqueza ocorre em um momento de incertezas mais amplas sobre os rumos da política monetária, o que mantém o tema altamente relevante para o mercado financeiro.