As vendas no varejo dos Estados Unidos avançaram 0,5% em julho na comparação com junho, atingindo US$ 726,3 bilhões, de acordo com dados ajustados sazonalmente divulgados nesta sexta-feira (14/08) pelo Departamento do Comércio norte-americano. O resultado superou as estimativas dos analistas consultados pela FactSet, que projetavam um aumento de apenas 0,1% no mês.

Ao se excluir o segmento de automóveis, o desempenho do setor varejista norte-americano mostrou alta de 0,3% em julho frente ao mês anterior. Já na comparação anual, as vendas totais no varejo registraram crescimento de 3,9%.

O relatório também trouxe revisão positiva para os números de junho, que passaram a indicar avanço de 0,9% nas vendas totais e de 0,8% no resultado sem automóveis, fortalecendo a percepção de resiliência do consumo interno nos Estados Unidos.

No cenário de mercado, a divulgação desse dado tende a sustentar expectativas de atividade econômica robusta, o que pode impactar a trajetória da bolsa de valores norte-americana, pressionar os rendimentos dos Treasuries e influenciar o comportamento do dólar frente a outras moedas. Uma leitura mais forte que o previsto reforça a possibilidade de o Federal Reserve manter uma postura mais cautelosa antes de considerar cortes de juros.

No contexto atual, em que investidores monitoram de perto os sinais de consumo para antecipar os próximos passos da política monetária norte-americana, o resultado de julho adiciona um componente de otimismo ao mercado. Os contratos futuros dos principais índices dos Estados Unidos, como Dow Jones Futuro (CCOM:US30) e S&P 500 Futuro (CCOM:US500), podem reagir a essa leitura positiva, enquanto a Paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL) tende a refletir as expectativas de juros mais altos por mais tempo.