O Ibovespa encerrou esta terça-feira com forte alta, impulsionado principalmente pelos resultados positivos do BTG Pactual e da Sabesp, e acompanhando o apetite por risco em Wall Street. O pregão também contou com o fechamento da curva de juros, após dados de inflação ao consumidor mais amenos em julho.

O índice subiu 1,69%, terminando o dia aos 137.913 pontos, com volume de negociações de R$ 17,6 bilhões, acima da média das últimas 50 sessões, que é de R$ 15 bilhões.

As taxas dos títulos públicos recuaram até 10 pontos-base, em sintonia com a queda nos rendimentos dos títulos norte-americanos, após a divulgação dos dados de inflação nos EUA.

O mercado também acompanhou o leilão de títulos pós-fixados do Tesouro Nacional, que ampliou a oferta de NTN-Bs para 2,4 milhões, bem maior que os 950 mil da semana anterior, além de vender integralmente 900 mil LFTs.

No câmbio, o dólar futuro fechou em queda de 0,94%, cotado a R$ 5,416, enquanto o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, recuou 0,44%, para 98,06 pontos.

No Brasil, o IPCA avançou 0,26% em julho, abaixo da expectativa do mercado de 0,37%, com ligeira alta frente ao dado de junho (0,24%). Na comparação anual, a inflação desacelerou para 5,23%, contra 5,35% no mês anterior, abaixo do consenso, mas ainda bem acima do teto da meta, que é 4,5%.

No acumulado do ano, o IPCA registra alta de 3,26%. Vestuário, alimentação e bebidas, e comunicação foram os grupos com maiores quedas de preços no mês, enquanto habitação e educação tiveram variações mais suaves.

Natalia Gurushina, economista-chefe para mercados emergentes da VanEck, comentou que a inflação mostrou sinais de menor pressão em julho, com a queda no índice de difusão indicando que a alta de preços não está generalizada.

Uma pesquisa do Bank of America Securities revelou que metade dos gestores latino-americanos acredita que as tensões comerciais entre Brasil e EUA vão diminuir, enquanto a outra metade ainda está incerta sobre os impactos futuros. O sentimento sobre o mercado acionário brasileiro também piorou: apenas 45% esperam o Ibovespa acima dos 140 mil pontos até o fim de 2025, contra 83% em julho.

No cenário corporativo, as Units do BTG Pactual bateram recorde após o banco reportar retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 27,1% no segundo trimestre, superando expectativas. O Citi classificou os resultados como sólidas melhorias em todas as áreas, destacando a diversificação das receitas e a posição competitiva do banco.

A Sabesp também se destacou, com suas ações avançando forte após apresentar aumento de 76,6% no lucro líquido, crescimento da receita e redução de custos operacionais, refletindo ganhos de eficiência após a privatização.

Por outro lado, a Natura teve queda acentuada nas ações após resultados do segundo trimestre. Apesar do balanço superar expectativas em alguns pontos, a leitura geral foi considerada complexa pela XP Investimentos.

Entre os papéis com maior contribuição positiva ao Ibovespa estiveram as ações ON da Sabesp (+10,61%), as Units do BTG Pactual (+13,12%) e as PN do Itaú (+2,07%). Já entre os maiores recuos, destacaram-se as ON da Natura (-7,98%), da Tim (-2,43%) e da Brava (-1,89%).

No mercado internacional, o petróleo Brent teve leve queda de 0,72%, cotado a US$ 66,15 o barril, enquanto os investidores aguardam a reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, marcada para sexta-feira no Alasca. No cenário geopolítico, o presidente ucraniano Zelensky afirmou que não retirará tropas da região de Donbass e deseja que as negociações incluam Kiev.

Ainda durante a tarde, foram acompanhados dados semanais do estoque de petróleo nos EUA, com expectativa de queda de 0,8 milhão de barris na última semana.

Por fim, os contratos futuros de minério de ferro subiram 1,52%, negociados a US$ 111,42 por tonelada na bolsa de Dalian, impulsionados por notícias sobre possíveis paralisações na produção de aço na China, o que pode reduzir o excesso de oferta no mercado.

Data Variação Pontuação Volume Financeiro
01/08/2025 -0,48% 132.437,39  R$ 45,4 bilhões
02/08/2025 0,40% 132.971,20  R$ 15,2 bilhões
05/08/2025 0,14%  133.151,30 R$ 18,8 bilhões
06/08/2025 1,04% 134.537,62 R$ 21,0 bilhões
07/08/2025 1,48% 136.527,61  R$ 23,9 bilhões
08/08/2025 -0,45% 135.913,25 R$ 25,3 bilhões
11/08/2025 -0,21% 135.623,15 R$ 17,6 bilhões
12/08/2025 1,69% 137.913,68 R$ 23,9 bilhões

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

  1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

    Automob (AMOB3)

    A Automob Participações S.A., grupo atuante no segmento de concessionárias de veículos, divulgou seu balanço financeiro do segundo trimestre de 2025 com um prejuízo líquido de R$ 38,7 milhões, ampliando os resultados negativos apresentados no primeiro trimestre. Apesar do prejuízo, a companhia registrou crescimento nas vendas de veículos e melhora na margem operacional, indicando avanços em meio a um cenário desafiador. Saiba mais…

    Banco ABC Brasil (ABCB4)

    O Banco ABC Brasil S.A. divulgou nesta terça-feira os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, apontando uma redução de 2,4% no lucro líquido na comparação anual, totalizando R$ 244,1 milhões. Apesar da queda no lucro, o banco apresentou crescimento de 7,9% na carteira de crédito, que atingiu R$ 52,12 bilhões ao final de junho, reforçando a expansão dos negócios. Saiba mais…

    BTG Pactual (BPAC11)

    O Banco BTG Pactual S.A. divulgou nesta terça-feira (12/08) resultados financeiros que surpreenderam o mercado. No segundo trimestre de 2025, o lucro líquido ajustado somou R$ 4,182 bilhões, avanço de 42% frente ao mesmo período de 2024 e alta de 24,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano. Sem ajustes, o lucro líquido foi de R$ 4 bilhões. Saiba mais…

    Caixa Seguridade (CXSE3)

    A Caixa Seguridade Participações S.A. anunciou nesta segunda-feira (12/08) lucro líquido contábil de R$ 1,028 bilhão no segundo trimestre de 2025, representando um avanço de 57,3% frente ao mesmo período do ano anterior. O resultado ficou em linha com a expectativa média dos analistas, que estimavam um lucro de R$ 1,04 bilhão, segundo dados da LSEG. Saiba mais…

    Direcional (DIRR3)

    A Direcional Engenharia encerrou o segundo trimestre de 2025 com um resultado histórico. O lucro líquido atingiu R$ 183,7 milhões, avanço de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, e a receita líquida superou pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão, totalizando R$ 1,07 bilhão. Embora o lucro tenha ficado ligeiramente abaixo das projeções de R$ 194,9 milhões compiladas pela LSEG, o desempenho reforça o momento positivo da companhia. Saiba mais…

    Even (EVEN3)

    A Even Construtora e Incorporadora S.A. divulgou seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre de 2025 nesta segunda-feira (11/08), com lucro líquido consolidado de R$ 48,9 milhões, representando uma queda de 9,3% em relação ao trimestre anterior. Apesar da retração no lucro, a companhia reportou forte crescimento de 68,9% na receita líquida de vendas e serviços, que alcançou R$ 569,8 milhões no período. Saiba mais…

    Grupo Toky (TOKY3)

    O Grupo Toky S.A., ex-Mobly, comunicou nesta terça-feira (12/08) a conclusão da venda de aproximadamente 42,75% do seu capital ordinário pela Home24 Holding GmbH & Co. KG, que negociou 52,48 milhões de ações ordinárias da companhia, além de uma operação adicional de block trade envolvendo mais 2 milhões de papéis. Saiba mais…

    Hidrovias do Brasil (HBSA3)

    A Hidrovias do Brasil divulgou nesta terça-feira (12/08) um resultado financeiro robusto para o segundo trimestre de 2025, revertendo um prejuízo expressivo registrado no mesmo período do ano passado. A companhia reportou lucro líquido de R$ 81 milhões, frente a um prejuízo de R$ 63 milhões no 2T24, representando uma recuperação significativa para o setor de logística e transporte hidroviário na bolsa de valores. Saiba mais…

    Itaúsa (ITSA4)

    A Itaúsa Investimentos Itaú S.A. anunciou nesta segunda-feira (11/08) um lucro líquido recorrente recorde de R$ 4,037 bilhões no segundo trimestre de 2025, representando um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho foi impulsionado pelo forte resultado do Itaú Unibanco, que atingiu lucro histórico de R$ 11,5 bilhões. Saiba mais…

    Localiza (RENT3)

    A Localiza Rent A Car apresentou um resultado sólido no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 570 milhões registrado no mesmo período do ano passado e alcançando lucro líquido ajustado de R$ 768 milhões. O desempenho foi impulsionado por um Ebitda consolidado de R$ 3,293 bilhões, alta de 40,1% na comparação anual. Saiba mais…

    Marisa (AMAR3)

    A Lojas Marisa S.A. apresentou um forte desempenho no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior e registrando lucro líquido de R$ 2,1 milhões. A recuperação reflete o reposicionamento estratégico da varejista, com foco no resgate de seu DNA, direcionado ao público majoritariamente feminino (84% da base de clientes) e no conceito de lifestyle aliado a preços justos. Saiba mais…

    Motiva (MOTV3)

    A Motiva Infraestrutura de Mobilidade S.A., maior empresa brasileira de concessões em infraestrutura de transporte, divulgou nesta segunda-feira (12/08) um aumento expressivo no tráfego de veículos nas rodovias sob sua administração em julho, com crescimento de 1,3% frente ao mesmo mês de 2024. Além disso, o volume de passageiros transportados em suas concessões de trem e metrô avançou 2,9% no mesmo período. Saiba mais…

    Natura (NTCO3)

    A Natura Cosméticos S.A. surpreendeu positivamente no lucro do segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 859 milhões registrado um ano antes e fechando o período com lucro líquido consolidado de R$ 195 milhões. O resultado reflete avanços na estratégia de reestruturação e a reclassificação das operações da Avon International e Avon América Central e República Dominicana como ativos mantidos para venda. Saiba mais…

    Sabesp (SBSP3)

    A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Sabesp (BOV:SBSP3), divulgou nesta terça-feira (12/08) um resultado financeiro robusto para o segundo trimestre de 2025. A empresa reportou um lucro líquido ajustado de R$ 1,96 bilhão, um avanço expressivo de 64% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo principalmente os impactos positivos da recente privatização e a consequente otimização operacional. Saiba mais…

    São Martinho (SMTO3)

    A São Martinho S.A. divulgou nesta terça-feira (12/08) o resultado do primeiro trimestre da safra 2025/26, com lucro líquido de R$ 62,83 milhões — queda de 40,9% em relação ao mesmo período da temporada anterior. O recuo foi atribuído à variação do valor justo do ativo biológico e ao impacto temporal do pagamento de Juros Sobre Capital Próprio, que neste ciclo ocorrerá no segundo trimestre. Saiba mais…

    A São Martinho aprovou um investimento de R$ 1,1 bilhão para ampliar a unidade produtora de etanol a partir do processamento de milho em Quirinópolis (GO). A chamada “Segunda Fase” será anexa à Unidade Boa Vista e deverá processar 635 mil toneladas de milho por ano, produzindo 270 mil m³ de etanol, 170 mil toneladas de DDGS e 13 mil toneladas de óleo de milho. Saiba mais…

    SBF (SBFG3)

    O Grupo SBF S.A., controlador da rede de varejo esportivo Centauro e distribuidor oficial da Nike no Brasil via Fisia, reportou um lucro líquido de R$ 46,5 milhões no segundo trimestre de 2025, um tombo de 79,7% em relação ao mesmo período de 2024, quando havia registrado R$ 228,9 milhões. Apesar da forte retração no resultado final, a receita líquida cresceu 6,1%, somando R$ 1,82 bilhão. Saiba mais…

    Vamos Locação (VAMO3)

    A empresa de aluguel e gestão de frotas Vamos divulgou nesta segunda-feira (11/08) seu resultado financeiro do segundo trimestre de 2025, apresentando lucro líquido de R$ 92,8 milhões, queda de 47,9% na comparação anual. O Ebitda da companhia, por sua vez, cresceu 13,9%, chegando a R$ 911,1 milhões, desempenho alinhado às estimativas do mercado. Apesar da evolução operacional, a Vamos surpreendeu ao revisar para baixo seu guidance para o ano, reduzindo as projeções de lucro líquido, Ebitda e aumentando seu patamar esperado de alavancagem. Saiba mais…

    Vibra (VBBR3)

    A Vibra Energia S.A., uma das maiores distribuidoras de combustíveis da bolsa de valores brasileira, reportou nesta terça-feira (12/08) um lucro líquido de R$ 292 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 66,3% frente ao mesmo período de 2024. O recuo foi atribuído, principalmente, às perdas relevantes com inventários no período. Saiba mais…

    (Com informações da TCMover e Momento B3)