O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (1º) em queda de 0,48%, aos 132.437 pontos, acumulando baixa de 0,81% na semana. O desempenho foi influenciado negativamente por ações de peso, como Banco do Brasil e Petrobras, em um dia de aversão ao risco nos mercados globais. Ainda assim, a queda foi menos intensa que a registrada nos índices de Wall Street, impactados por dados fracos do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que lançaram dúvidas sobre a resiliência da economia americana.
Banco do Brasil liderou as perdas no índice, refletindo receios sobre seus resultados após divulgação preliminar do balanço de maio e também sobre possíveis implicações relacionadas às recentes sanções a autoridades brasileiras. O volume negociado no pregão foi de R$ 16,7 bilhões, acima da média dos últimos 50 dias (R$ 15,7 bilhões).
A curva de juros recuou até 16 pontos-base, acompanhando o movimento das Treasuries, após o relatório Payroll revelar desaceleração na criação de empregos nos EUA. A média trimestral de geração de vagas foi a menor desde o auge da pandemia, em 2020.
No câmbio, o dólar futuro caiu 1,11%, cotado a R$ 5,587, enquanto o índice DXY — que mede o desempenho da moeda americana frente a outras divisas — recuava 1,26%, a 98,79 pontos.
Em Brasília, o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou, durante a reabertura dos trabalhos do Judiciário, que seguirá com os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. Ele criticou movimentos que tentam submeter o Supremo a pressões externas, dizendo que esse grupo atua com o objetivo de gerar instabilidade econômica e social no país.
Segundo o jornal O Globo, Eduardo Bolsonaro teria se reunido com autoridades do Departamento de Estado dos EUA para discutir as sanções, e relatos indicam que as punições envolvem bloqueio de transações financeiras em diversas moedas, não apenas em dólar. Há ainda possibilidade de um comunicado oficial aos bancos brasileiros.
As ações do Banco do Brasil despencaram após o Banco Central publicar balancete indicando lucro líquido preliminar de R$ 500 milhões em maio, bem abaixo dos R$ 1,7 bilhão de abril. O CEO da Alpha Key, Christian Keleti, destacou que esse desempenho afasta a possibilidade de o banco atingir a projeção trimestral de R$ 5 bilhões, revisando para baixo a expectativa de lucro anual entre R$ 20 e R$ 22 bilhões. Na véspera, o BTG reduziu o preço-alvo do papel para R$ 24,00, citando uma visão negativa para o 2T25.
O mercado também repercutiu os resultados corporativos de empresas como Vale, Gerdau, CSN e ISA Energia. A Vale superou expectativas de lucro e reduziu custos, mas decepcionou nos dividendos. Em teleconferência, o CFO Marcelo Bacci sinalizou a possibilidade de dividendos extraordinários ou recompra de ações até o fim do ano, caso os preços do minério de ferro se mantenham acima de US$ 100 por tonelada.
Entre as maiores quedas do dia estiveram as ações ON do Banco do Brasil (-6,85%), da CSN (-4,99%) e as PN da Gerdau (-4,69%). Na ponta positiva, destacaram-se as PN da Marcopolo (+7,63%), as ON da Auren (+4,10%) e do Assaí (+3,08%).
Nos mercados internacionais, o petróleo Brent recuava 3,04%, a US$ 69,52 por barril, com os investidores atentos a uma possível decisão da Opep+ de aumentar a produção em 548 mil barris por dia a partir de setembro. Já o minério de ferro teve leve baixa de 0,19%, sendo negociado a US$ 108,43 por tonelada na bolsa de Dalian.
| Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
| 01/08/2025 | -0,48% | 132.437,39 | R$ 45,4 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Alupar (ALUP11)
A Alupar concluiu a aquisição, pela sua subsidiária ETAP – Empresa Transmissora Agreste Potiguar, da totalidade das ações de emissão da RIALMA IV. Saiba mais…
Caixa Seguridade (CXSE3)
A Caixa Seguridade informou a não renovação do acordo de acionistas da Too Seguros, que perderá sua vigência a partir de 1º de agosto de 2025, com a concomitante perda de vigência do contrato operacional, que permite a oferta de seguro habitacional pela Too Seguros nos correspondentes bancários e unidades lotéricas da Caixa Econômica Federal.
Cemig (CMIG3/CMIG4) e Eletrobras (ELET3/ELET6)
As companhias elétricas Eletrobras, Cemig e a chinesa CTG garantiram o direito de estender as concessões de importantes usinas hidrelétricas após vencerem um leilão promovido nesta sexta-feira (1º) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Saiba mais…
CSN (CSNA3)
A CSN conseguiu reduzir significativamente seu prejuízo no segundo trimestre de 2025, encerrando o período com resultado negativo de R$ 130,4 milhões — uma melhora de 41,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números foram divulgados e vieram melhores do que o mercado previa: a média das estimativas compiladas pela LSEG apontava para um prejuízo de R$ 139,3 milhões. Saiba mais…
CSN Mineração (CMIN3)
A CSN Mineração encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 115,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 357,3 milhões registrado nos três primeiros meses do ano. A recuperação foi puxada por menores pressões cambiais sobre o caixa em moeda estrangeira e pelo avanço expressivo no volume de vendas. Saiba mais…
Embraer (EMBR3)
A Embraer está trabalhando com a indústria lituana para estabelecer uma cooperação de longo prazo nos setores aeroespacial e de defesa. Esta parceria segue a decisão da Lituânia ao selecionar, em junho de 2025, a aeronave de transporte militar de última geração C-390 Millennium. Saiba mais…
Frasle Mobility (FRAS3)
A Frasle Mobility finalizou o processo de aquisição de 19,9% das quotas representativas do capital social da Jurid do Brasil Sistemas Automotivos, que eram detidas pela Federal Mogul VCS Holding BV (Federal Mogul). Saiba mais…
Gafisa (GFSA3)
A Gafisa aprovou, por unanimidade, um aumento de capital social no valor de R$ 88,7 milhões, por meio de uma oferta pública subsequente de ações, com distribuição primária. Saiba mais…
Gerdau (GGBR4)
A Gerdau encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado de R$ 864 milhões, uma queda de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia registrado R$ 945 milhões. Saiba mais…
Gol (GOLL54)
A Gol informou que as agências de classificação de risco Moody’s e Fitch concluíram a avaliação da companhia e das exit notes emitidas pela GOL Finance, no contexto da recente saída do processo de Chapter 11 — o equivalente à recuperação judicial nos Estados Unidos. Saiba mais…
Irani (RANI3)
A Irani Papel e Embalagem reportou lucro líquido de R$ 112,1 milhões, um salto de 168,5% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi impulsionado por créditos tributários de IPI e pela valorização dos ativos biológicos, reforçando a resiliência da companhia no mercado de embalagens sustentáveis. Saiba mais…
JBS (JBSS32)
A JBS firmou, no dia 31 de julho, um acordo de cooperação técnica com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, com o objetivo de facilitar a contratação de pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) — base de dados que dá acesso a programas sociais como o Bolsa Família. Saiba mais…
Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo fechou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 321,1 milhões, crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de R$ 250,9 milhões. Saiba mais…
Marfrig (MRFG3)
A Marfrig informou que suas operações no Brasil seguem em plena atividade, sem qualquer paralisação nas linhas de produção e com capacidade total. Saiba mais…
Metalúrgica Gerdau (GOAU4)
A Metalúrgica Gerdau encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado de R$ 863 milhões, resultado 14,1% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano. Apesar da alta trimestral, o valor representa uma queda de 9,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando o lucro havia sido de R$ 949 milhões. Saiba mais…
Plano & Plano (PLPL3)
A Plano & Plano informou que, foi concluída a integralização dos recursos referentes à sua 3ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária. A operação, dividida em duas séries, movimentou um total de R$ 350 milhões. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras reajustou em 4,7% o preço médio de venda do querosene de aviação (QAV) para as distribuidoras. O novo valor entra em vigor imediatamente. Saiba mais…
A Petrobras firmou parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) ao aderir ao Programa Nacional de Florestas Produtivas. O acordo, assinado na sede da companhia na quinta-feira (31), tem como objetivo promover a cooperação técnica entre as instituições, com foco na agricultura familiar, restauração de áreas degradadas e conservação ambiental. Saiba mais…
Taurus (TASA3)
A Taurus encerrou as negociações para uma possível joint venture com a Scopa Military Industries. Saiba mais…
Unifique (FIQE3)
A Unifique anunciou a aquisição de 70% da R4 Energias Renováveis, em movimento estratégico para expandir sua atuação no setor de energia. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale registrou lucro líquido de US$ 2,12 bilhões no período, valor atribuído aos acionistas. Isso representa uma queda de 24% na comparação anual. Ainda assim, o resultado superou a estimativa da LSEG, que projetava um lucro bem mais modesto, de R$ 1,438 bilhão. Saiba mais…
A Vale informou que ainda não foi formalmente citada pela Justiça sobre a ação movida pela Advocacia-Geral da União (AGU), que trata de uma suposta exploração irregular na Mina do Tamanduá, em Minas Gerais. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)