O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de agosto de 2025 registrou alta de 0,09%, acumulando variação positiva de 4,31% nos últimos 12 meses. O resultado indica uma desaceleração na inflação, já que seis das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação.

A maior contribuição para esse movimento veio do grupo Habitação, cuja taxa de variação caiu de 1,00% na primeira quadrissemana de agosto para 0,18% na segunda. Também tiveram retração os grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,12% para -0,44%), Alimentação (de -0,08% para -0,31%), Transportes (de -0,10% para -0,29%), Despesas Diversas (de 1,52% para 1,08%) e Vestuário (de 0,03% para 0,01%).

Por outro lado, dois grupos apresentaram avanço nas taxas de variação: Comunicação (de -0,02% para 1,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,71% para 0,73%).

A divulgação do IPC-S é acompanhada de perto pelos investidores, já que a inflação é um dos principais termômetros para a definição da política monetária. Uma desaceleração nos índices pode aliviar pressões sobre os juros futuros (BMF:DI1FUT | BMF:WINFUT), influenciando diretamente o câmbio, principalmente a Paridade Dólar Norte-Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL), e os contratos futuros de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT).

No contexto atual, a leitura mais branda do IPC-S reforça a percepção de que a inflação segue em trajetória de moderação, o que tende a trazer alívio para os ativos da bolsa de valores brasileira, além de contribuir para um ambiente mais favorável ao mercado de títulos públicos.

(fgv)