Apesar da queda de 26,7% na receita líquida e 11,6% no GMV, Infracommerce mantém caixa de R$ 101,3 mi e amplia margem bruta para 25,6%, sinalizando recuperação operacional e disciplina financeira
A Infracommerce (BOV:IFCM3) anunciou seu resultado do segundo trimestre de 2025 (2T25), reportando um prejuízo de R$ 61,4 milhões. A receita líquida caiu para R$ 181,9 milhões e o GMV somou R$ 3,2 bilhões, refletindo retração de 26,7% e 11,6% em 12 meses, respectivamente.
Mesmo diante da redução de receita e GMV, a companhia conseguiu avançar em sua estratégia de desalavancagem, com custos e despesas sem impairment reduzidos em 50,2%, para R$ 187,0 milhões, e margem bruta elevada em 5,9 pontos percentuais, alcançando 25,6%. O EBITDA contábil ficou positivo em R$ 15,4 milhões, enquanto o indicador ajustado de EBITDA (-) Capex (+) Desp. Antecipação (-) Aluguéis atingiu 2,5%, em alta de 41,6 pontos percentuais na comparação anual.
A companhia reforçou sua estrutura financeira com a conversão de debêntures da 3ª emissão em ações, consolidando a etapa de desalavancagem aprovada em junho. R$ 43 milhões do resultado financeiro negativo foram provisões de juros de instrumentos mandatoriamente conversíveis, que serão liquidados por capitalização, reduzindo o impacto de caixa. O endividamento líquido ajustado positivo de R$ 28,8 milhões dá fôlego para a execução do plano de transformação, já 75% concluído, com simplificação de portfólio e disciplina de custos.
A Infracommerce destacou que a atração de credores estratégicos, como a GB Securitizadora com participação de 14,94% via capitalização de créditos, reforça a base de capital e sustenta a eficiência operacional. A gestão ressalta que a redução de custos e a manutenção da liquidez permitem focar em níveis de serviço (SLAs) e capturar receita incremental sem pressionar o caixa.
A Infracommerce Caxaas S.A. atua no segmento de soluções de e-commerce e serviços logísticos para marketplaces, oferecendo tecnologia, operações e suporte para vendedores digitais. Entre os principais concorrentes estão empresas de logística integrada e plataformas de e-commerce nacional.
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