Os juros futuros encerraram a quarta-feira (20/08) em queda, com a curva de juros (DI1FUT) acompanhando o movimento de correção nos Treasuries dos Estados Unidos após a disparada da véspera. Os contratos mais líquidos, como o DI1F27 (BMF:DI1F27), recuaram 0,78%, fechando em 14,035%, enquanto o DI1F28 (BMF:DI1F28) caiu 1,11%, a 13,375%. No longo prazo, o DI1F35 (BMF:DI1F35) também acompanhou o movimento e terminou em 13,81%, queda de 0,36%. No geral, os vértices fecharam próximos das mínimas do dia, com recuos de até 17 pontos-base.
Além do alívio externo, o mercado de juros hoje também reagiu às falas do ministro Alexandre de Moraes (STF), que reforçou que bancos brasileiros não podem aplicar bloqueios ou sanções com base em decisões unilaterais de outros países. As declarações provocaram volatilidade nos papéis do setor bancário.
No campo político, a pesquisa Quaest/Genial trouxe fôlego para o governo Lula, com a aprovação subindo para 46% em agosto, ante 43% em julho, e expectativas mais positivas para a economia. Já no exterior, o mercado acompanhou a Ata do Federal Reserve, que mostrou divergência entre membros sobre os riscos à inflação e ao mercado de trabalho, reforçando a cautela antes do simpósio de Jackson Hole.
O resultado foi uma sessão de juros futuros mais estável, com investidores ajustando posições e testando os limites da curva de juros diante de um cenário misto de política local e expectativas globais.