A Medtronic (NYSE:MDT), gigante do setor de dispositivos médicos, reportou resultados financeiros acima das expectativas no primeiro trimestre fiscal de 2026.

Apesar do desempenho positivo, as ações operavam em queda superior a 4% na manhã de terça-feira (19), em meio à notícia de mudanças no conselho motivadas por pressões do investidor ativista Elliott Investment Management. A Medtronic também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:MDTC34).

A companhia registrou lucro ajustado de US$ 1,26 por ação, superando a previsão média de US$ 1,23 do mercado. A receita global atingiu US$ 8,6 bilhões, acima dos US$ 8,4 bilhões estimados por analistas. Em termos orgânicos, o crescimento foi de 4,8%, com destaque para a divisão cardiovascular.

O segmento de soluções de ablação cardíaca teve avanço de quase 50%, incluindo crescimento de 72% nos Estados Unidos, impulsionado pelos dispositivos de ablação por campo pulsado (PFA). Outras áreas também mostraram expansão, como válvulas transcateter, neuromodulação, marcapassos sem eletrodos e produtos para diabetes.

No detalhe por portfólio, a divisão cardiovascular registrou receita de US$ 3,28 bilhões, com alta orgânica de 7%. Neurociências somou US$ 2,41 bilhões, em expansão de 3,1%. A área médico-cirúrgica cresceu 2,4% organicamente, para US$ 2,08 bilhões. O negócio de diabetes avançou 7,9% organicamente, alcançando US$ 721 milhões.

O lucro líquido GAAP ficou em US$ 1,04 bilhão, ou US$ 0,81 por ação, praticamente estável em relação ao ano anterior. Ajustado, o lucro líquido atingiu US$ 1,63 bilhão, alta de 2%. A margem operacional não GAAP foi de 23,6%, refletindo pressões de custos e câmbio, mas ainda em linha com o guidance.

A empresa revisou para cima sua projeção de lucro por ação ajustado para o ano fiscal de 2026, agora entre US$ 5,60 e US$ 5,66, contra o intervalo anterior de US$ 5,50 a US$ 5,60.

A estimativa considera menor impacto de tarifas, que devem custar cerca de US$ 185 milhões, abaixo da previsão anterior de até US$ 350 milhões.

Em paralelo, a Medtronic anunciou a entrada de John Groetelaars e Bill Jellison em seu conselho, e a criação de dois comitês especiais voltados a crescimento e eficiência operacional. A mudança foi resultado de negociações com a Elliott Investment Management, que recentemente tornou-se uma das maiores acionistas da companhia.


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