Banco reduziu preço-alvo das ações para R$ 42,00, mas destacou potencial de valorização da Petrobras (PETR4) na B3, apoiado em fluxo de caixa forte, produção crescente e dividend yield de 10%.

Na sexta-feira (22/08), o UBS BB divulgou nova avaliação para a Petrobras (BOV:PETR4) (BOV:PETR3), reduzindo o preço-alvo das ações de R$ 46,00 para R$ 42,00. Apesar do corte, o banco manteve a recomendação de compra, destacando três pilares que sustentam a visão positiva: múltiplos atrativos em relação aos pares globais, expectativa de crescimento relevante da produção nos próximos anos e geração de fluxo de caixa livre acima da média do setor.

Segundo o UBS BB, a estatal deve apresentar o maior crescimento de produção entre as grandes petroleiras globais até 2028, atrás apenas das norte-americanas Chevron (NYSE:CVX) e Exxon (NYSE:XOM). A projeção indica alta de cerca de 20% na produção de líquidos, em contraste com a estagnação esperada para pares europeus e crescimento mais tímido entre concorrentes latino-americanos.

Além disso, o banco projeta que a Petrobras alcance um crescimento anual composto (CAGR) de 26% no fluxo de caixa livre (FCF) entre 2025 e 2028, superando a média de 20% dos pares internacionais. Esse desempenho deve garantir dividendos robustos: a previsão é de US$ 7,6 bilhões em pagamentos em 2025, resultando em um dividend yield próximo de 10% aos preços atuais.

O UBS BB ponderou, contudo, que dividendos extraordinários podem enfrentar maior incerteza, diante da pressão fiscal do governo brasileiro e declarações recentes do Ministério da Fazenda sobre estatais.

No pregão desta sexta-feira (22/08), as ações PETR4 eram cotadas a R$ 30,31 às 14h42, praticamente estáveis (+0,03%) em relação ao fechamento anterior. O papel abriu o dia a R$ 29,89, chegou à máxima de R$ 30,42 e à mínima de R$ 29,80, em linha com o tom mais cauteloso do mercado após a divulgação do relatório do banco.

A Petrobras é a maior empresa de energia da América Latina, com forte atuação em exploração, produção, refino e distribuição de petróleo, gás natural e derivados. Suas principais concorrentes no mercado global são Exxon, Chevron, Shell (LSE:SHEL) e BP (LSE:BP.).

Para o investidor, o relatório do UBS BB mostra que a Petrobras segue combinando potencial de valorização, forte geração de caixa e atratividade em dividendos, mesmo em um cenário de volatilidade política e macroeconômica.

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