O Índice de Preços ao Produtor (IPP) dos Estados Unidos para a demanda final avançou 0,9% em julho em relação a junho, informou o Departamento de Estatísticas do Trabalho (Bureau of Labor Statistics) na quarta-feira (14/08). No comparativo anual, a alta foi de 3,3%, marcando o maior aumento desde fevereiro deste ano.

O relatório mostrou que os preços dos bens subiram 0,7% no período, com destaque para alimentos, que registraram avanço de 1,4%, e energia, com alta de 0,9%. No segmento de serviços, o crescimento foi ainda mais expressivo: alta de 1,1%, impulsionada principalmente pelos preços comercializados, que saltaram 2%, e pelos custos de transporte e armazenagem, que subiram 1%.

Considerando o IPP que exclui alimentos, energia e serviços comerciais, o indicador cresceu 0,6% na comparação mensal e acumulou alta de 2,8% nos últimos 12 meses.

O resultado reforça preocupações de que a inflação no atacado norte-americano ainda permanece aquecida, o que pode influenciar as expectativas para a política monetária do Federal Reserve (Fed). Caso essa pressão se mantenha, há possibilidade de ajustes na taxa de juros, o que tende a impactar diretamente o desempenho da bolsa de valores dos Estados Unidos, o câmbio e os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

No contexto atual do mercado financeiro, a divulgação de um IPP mais forte que o esperado ganha relevância por sinalizar que o controle da inflação ainda é um desafio para o Fed. Esse cenário pode gerar volatilidade nos índices de ações como o Dow Jones (DOWI:DJI), S&P 500 (SPI:SP500) e Nasdaq Composite (NASDAQI:COMPX), além de movimentar a paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL) e influenciar contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) no Brasil.