Receita líquida cresce 25,3% e movimentação de veículos dispara; ações operam estáveis na B3 nesta quinta-feira (07/08)
A Santos Brasil (BOV:STBP3) apresentou um resultado financeiro sólido no segundo trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 193,4 milhões, crescimento de 12,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho foi impulsionado por um avanço expressivo na receita líquida, que totalizou R$ 880,9 milhões, alta de 25,3% na comparação anual, refletindo maior volume de operações e ganhos operacionais em diversos terminais da companhia.
O forte crescimento da empresa se destaca especialmente na performance operacional, com aumento de 3,5% na movimentação de contêineres nos terminais de cais, avanço de 6,3% na armazenagem de contêineres e um salto de 32,9% na movimentação de veículos (TEV) no trimestre. O EBITDA também surpreendeu positivamente, atingindo R$ 456,7 milhões, alta de 35,2% com margem EBITDA de 51,8%.
Esse resultado reafirma a consistência da estratégia de expansão da companhia, especialmente em um momento em que o setor portuário enfrenta desafios regulatórios e logísticos.
No 2T25, os Custos Operacionais consolidados da Santos Brasil totalizaram R$ 367,0 milhões, crescimento de 13,9% YoY, primordialmente explicado pela maior volumetria das operações. Nos Terminais de Contêineres e Carga Geral, os custos operacionais somaram R$ 279,6 milhões (+13,6% YoY), impactados por maiores gastos com movimentação (+38,4% YoY), pessoal (+8,2% YoY), manutenção (+13,8% YoY), depreciação e amortização (+10,7% YoY) e outros custos (+6,5% YoY).
As Despesas Operacionais totalizaram R$ 132,6 milhões, aumento de 22,7% YoY. Nos Terminais de Contêineres e Carga Geral, as despesas operacionais totalizaram R$ 34,2 milhões, redução de 13,5% YoY.
No 2T25, a Santos Brasil investiu R$ 120,9 milhões, crescimento de 19,5% YoY. Os destaques foram (i) o projeto de expansão da capacidade e modernização dos equipamentos do Tecon Santos; (ii) aquisição, montagem e manutenção de equipamentos operacionais nos terminais de Vila do Conde e Imbituba; (iii) projetos de expansão e desenvolvimento do Terminal de Granéis Líquidos (TGL02); e (iv) aquisição de novos equipamentos para as operações logísticas.
Ao final do 2T25, a Santos Brasil registrou R$ 571,8 milhões em caixa e aplicações financeiras, frente a um endividamento bruto de R$ 2,7 bilhões. Em 2024, a Companhia realizou sua 5ª Emissão de Debêntures, por meio da qual captou R$ 2 bilhões. Os recursos foram direcionados principalmente à restituição de capital aos acionistas – que totalizou R$ 1,6 bilhão – e à continuidade dos projetos de expansão e modernização dos ativos operacionais.
Em 30 de junho de 2025, a dívida líquida da Companhia totalizou R$ 2,1 bilhões, o que corresponde a um índice de alavancagem de 1,33x, calculado com base no EBITDA Proforma dos últimos doze meses. A estratégia de alocação de capital manteve-se focada na maximização de valor dos ativos do portfólio por meio de investimentos na expansão e modernização dos terminais de contêineres, carga geral e líquidos.
No pregão desta quinta-feira (07/08), as ações STBP3 operam estáveis a R$ 13,96, sem variação em relação ao fechamento anterior. O papel abriu o dia cotado a R$ 13,98, atingiu a mínima de R$ 13,96 e a máxima de R$ 13,98, refletindo uma reação morna do mercado, possivelmente já precificando os dados positivos divulgados no radar corporativo.
A Santos Brasil Participações S.A. é referência nacional em operações portuárias e logística integrada. Atua na movimentação de contêineres, veículos e granéis líquidos, com destaque para o Tecon Santos, um dos mais modernos terminais da América Latina. Concorrentes como Wilson Sons (BOV:PORT3) e Log-In Logística (BOV:LOGN3) acompanham o crescimento do setor portuário e os avanços regulatórios em curso.