Investimento bilionário em Quirinópolis deve aumentar a capacidade de processamento em 635 mil toneladas de milho por ano, com produção adicional de etanol, DDGS e óleo de milho, fortalecendo a posição da companhia no setor sucroenergético.
A São Martinho (BOV:SMTO3) aprovou um investimento de R$ 1,1 bilhão para ampliar a unidade produtora de etanol a partir do processamento de milho em Quirinópolis (GO). A chamada “Segunda Fase” será anexa à Unidade Boa Vista e deverá processar 635 mil toneladas de milho por ano, produzindo 270 mil m³ de etanol, 170 mil toneladas de DDGS e 13 mil toneladas de óleo de milho.
Segundo a empresa, o projeto é estratégico para diversificar a matriz de produção e ampliar a presença no mercado de biocombustíveis, aproveitando a crescente demanda por etanol e coprodutos derivados do milho. O investimento contempla novas instalações industriais, um armazém externo com capacidade estática de 240 mil toneladas, além de melhorias na planta existente para otimizar a eficiência energética.
O cronograma prevê que 40% do capital será desembolsado na safra 2025/26, 50% na safra 2026/27 e o restante em 2027/28. O financiamento de R$ 728 milhões virá de linhas do BNDES e da FINEP, com prazo total de 12 anos e dois anos de carência. A operação deve começar no segundo semestre de 2027, com 50% da capacidade na safra 2027/28, 85% na safra 2028/29 e 100% a partir da safra 2029/30.
Com a ampliação, a São Martinho passará a processar aproximadamente 1,15 milhão de toneladas de milho ao ano, produzindo cerca de 485 mil m³ de etanol, 310 mil toneladas de DDGS e 21 mil toneladas de óleo de milho, além de dispor de capacidade estática de armazenagem de 480 mil toneladas.
No pregão desta terça-feira (12/08), as ações SMTO3 operavam em alta de 1,63%, cotadas a R$ 16,85, após abrirem a R$ 16,75 e oscilarem entre R$ 16,53 e R$ 17,37 ao longo do dia. O volume negociado superava 1,57 milhão de papéis até as 14h12, refletindo a reação positiva do mercado à notícia.
A São Martinho é uma das maiores companhias do setor sucroenergético do Brasil, com atuação na produção de açúcar, etanol e bioenergia, além de coprodutos como DDGS e óleo de milho. Seus principais concorrentes incluem Raízen (BOV:RAIZ4), Biosev e Usina Coruripe.
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