As ações da Under Armour (NYSE:UAA) despencavam 19,4% na manhã de sexta-feira (8), após a fabricante de artigos esportivos projetar vendas e lucros muito abaixo das estimativas para o trimestre atual, citando tarifas impostas pelo governo Trump e demanda mais fraca na América do Norte.
A companhia espera queda de 6% a 7% na receita dos três meses encerrados em 30 de setembro, bem acima da retração de 2,9% prevista por analistas da FactSet. A receita na América do Norte deve cair em dois dígitos, comprometendo os esforços de recuperação iniciados no último ano.
O lucro operacional ajustado é estimado entre US$ 30 milhões e US$ 40 milhões, bem abaixo dos US$ 155 milhões esperados por Wall Street e do resultado de US$ 166 milhões registrado um ano antes. A margem bruta deve encolher de 340 a 360 pontos-base devido a pressões na cadeia de suprimentos.
Segundo o CEO Kevin Plank, as tarifas adicionais devem gerar cerca de US$ 100 milhões em custos extras no ano fiscal. A expectativa é que a lucratividade seja aproximadamente metade da registrada no ano passado, mesmo com medidas de mitigação e gestão de despesas.
No trimestre encerrado em 30 de junho, a receita caiu 4%, para US$ 1,134 bilhão, em linha com as projeções. O lucro ajustado por ação foi de 2 centavos, um centavo abaixo das estimativas. Este foi o nono trimestre seguido de queda de receita, sinalizando fragilidade na demanda.
O plano de reestruturação resultou em US$ 71 milhões em encargos e US$ 39 milhões em outras despesas no período. A Under Armour projeta custo total entre US$ 140 milhões e US$ 160 milhões, incluindo ajustes de portfólio e redução de descontos.
Com a queda desta sexta-feira, as ações negociadas nos EUA acumulam baixa de 27,87% nos últimos 12 meses. A Under Armour também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:U1AI34), que recuava 17,7% no período de negociação da manhã de sexta-feira.
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