O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) decidiu na quinta-feira (11/09) manter as três principais taxas de juros sem alteração pela segunda reunião consecutiva. A taxa da facilidade permanente de depósito permaneceu em 2,00%, a taxa das operações principais de refinanciamento em 2,15% e a taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez em 2,40%.
Em comunicado, o BCE reiterou que seu objetivo central é garantir a estabilidade da inflação em torno de 2% no médio prazo. Segundo a instituição, “continuará a adotar uma abordagem baseada em dados e em reuniões para decidir sobre as futuras medidas de política monetária”. O banco também deixou claro que não está comprometido com nenhuma trajetória pré-definida para os juros.
O BCE destacou ainda que o Programa de Compra de Ativos (APP) e o Programa de Compra de Emergência Pandêmica (PEPP) seguem em redução. O documento afirma que esses programas estão diminuindo “em um ritmo moderado e previsível, já que o Eurosistema não reinveste mais os principais pagamentos de títulos com vencimento”.
Para os mercados financeiros, a manutenção das taxas pode trazer efeitos distintos. De um lado, a decisão reduz incertezas para investidores de renda fixa, já que indica estabilidade nas condições de financiamento na zona do euro. Por outro, a ausência de sinalização clara sobre cortes ou aumentos futuros pode manter o mercado acionário europeu mais cauteloso, além de influenciar a volatilidade do euro frente ao dólar norte-americano (FX:EURUSD).
No contexto atual, em que bolsas de valores europeias vêm mostrando desempenho misto diante das perspectivas econômicas globais, a postura de cautela do BCE reforça o papel da política monetária como fator decisivo para o rumo dos ativos da região.
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